Deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) |
A campanha para a presidência
da Câmara ressuscitou a polêmica sobre o aumento salarial
dos deputados. Depois que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
conseguiram elevar em 16,38% os seus vencimentos - que saltaram de R$ 33,7 mil
para RS 39,3 mil -, parlamentares engrossaram a cobrança pelo mesmo reajuste.
Pela regra atual, o aumento da remuneração dos
congressistas pode ser aprovado em 2019 e entrar em vigor no mesmo ano. Uma das
propostas em tramitação há vários anos na Casa, que voltou ao debate por causa
da disputa no Congresso, prevê que o presidente
da República, o vice, ministros, senadores e deputados tenham
vencimentos idênticos aos dos integrantes do Supremo.
Adversário do presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ) - que concorre à reeleição -, o
deputado Fábio Ramalho (MDB-MG)
defendeu o reajuste para seus pares. “Há colegas que não dependem do salário,
mas outros dependem e passam necessidades que a gente não sabe. É preciso dar
ao parlamentar uma melhor qualidade de vida. Não é aumento de salário: é
reajuste dentro da lei”, argumentou Ramalho, conhecido como Fabinho.
A eleição que renovará o comando do Congresso
ocorrerá em 1.º de fevereiro. No último dia 12, Ramalho - hoje vice-presidente
da Câmara- ocupou a tribuna para
defender o aumento. “Precisamos que os salários de todos os deputados sejam
reajustados como estão sendo os de todos os outros Poderes.”
Questionado pelo jornal O Estado de São Paulo sobre
a conveniência do aumento em um momento de crise econômica e ajuste das contas
públicas, Ramalho disse não ter medo de enfrentar assuntos áridos e destacou
que a decisão caberá à maioria. “É melhor o parlamentar ser bem remunerado
porque você pode cobrar dele a lisura, mas eu também defendo a reforma da
Previdência, que conserta tudo isso”, insistiu. Estadão
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