quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Desocupação no Ceará passa de 7,1% para 12,3% de 2014 para 2017


A taxa de desocupação no Ceará, que era de 7,1% em 2014, subiu para 12,3% em 2017. No País, a taxa passou de 6,9% para 12,5% no mesmo período, com crescimento em todas as regiões do País e em todos os grupos etários. 

No Nordeste, em 2014, o Rio Grande do Norte apresentava a taxa mais elevada (11,0%) e o Piauí a mais baixa (5,9%). Já em 2017, Alagoas (17,2%) registrou o mais alto índice de desocupação enquanto a Paraíba (10,1%) o menor.

Os dados fazem parte da Síntese dos Indicadores Sociais 2018, divulgada hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que classifica o estudo como “um conjunto de informações sobre a realidade social do país”. O trabalho tem como principal fonte de dados para a construção dos indicadores a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), de 2012 a 2017.

Brasil
No País, o trabalho informal chegou a 37,3 milhões de pessoas, o mesmo que 40,8% da população ocupada, o que representa dois em cada cinco trabalhadores. Segundo o IBGE, o contingente cresceu 1,2 milhão desde 2014, quando representava 39,1% da população ocupada.

A maior participação em trabalhos informais, em 2017, era de pretos ou pardos (46,9%), ante a de brancos (33,7%), que ganhavam, em média, R$ 2.615, ou seja, 72,5% a mais que os pretos ou pardos, que tinham vencimentos de R$ 1.516. A diferença ocorre também no gênero. Os homens recebiam R$ 2.261, equivalentes a 29,7% a mais que as mulheres, que tinham salários de R$ 1.743.

A proporcionalidade de brancos (45,8%) e a de pretos e pardos (53,2%), na visão do IBGE, “constitui também uma característica importante na segmentação das ocupações e a persistência, ainda hoje, da segregação racial no mercado de trabalho”. A presença de pretos ou pardos era maior em atividades com menores rendimentos médios, como agropecuárias (60,8%), construção civil (63,0%) e serviços domésticos (65,9%), justamente as que no ano passado tinham os menores rendimentos médios. A situação foi diferente nas atividades de educação, saúde e serviços sociais, que tiveram mais participação de pessoas brancas (51,7%).     Diário do Nordeste

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