(Foto: Arley Santos) |
O
caririense que precisa usar transporte coletivo durante cinco a seis dias por
semana, para estudar, trabalhar ou qualquer outra atividade, perde um dia por
mês em um coletivo. O tempo, de pelo menos uma hora diária para ir e vir,
poderia ser reduzido com a instalação de faixas ou corredores exclusivos para
ônibus nas avenidas Padre Cícero e Leão Sampaio, que interligam Crato, Juazeiro
do Norte e Barbalha (Crajubar).
A
proposta é defendida pelo professor Ary Ferreira da Silva, da área de transporte
da Universidade Federal do Cariri. Ela encontra eco na Via Metro,
concessionária que opera o transporte público entre os três municípios. A
iniciativa faria os ônibus trafegarem em uma velocidade constante e sem
interrupções e paradas bruscas. Com isso, o tempo de viagem seria menor.
Conforme
o educador explica, existem duas possibilidades: a implantação de faixas
exclusivas ou segregadas. A primeira consiste em espaço pintado nas avenidas,
nos quais somente os ônibus poderiam trafegar. A segunda diz sobre interditar o
espaço com uma cerca por exemplo.
Para
o especialista, a primeira opção seria a mais viável, podendo a área ser
delimitada no canteiro central ou na margem direita das avenidas. “As avenidas
são bem largas, tem um canteiro central onde funciona a ciclovia, tem duas
faixas de rolamentos, tanto indo como vindo, acostamento e, ainda, uma calçada
muito larga. Então, espaço a gente tem para funcionar adequadamente”.
Segundo
o professor, a região do Cariri ainda não tem demanda para ônibus
biarticulados, geralmente usados em municípios que implantam corredores
exclusivos. Ele ainda sugere a ampliação da oferta de Veículo Leve sobre
Trilhos (VLT), que passaria a contar com maiores estações e conexões com
ônibus. Ary Ferreira alerta, contudo, ser necessário a realização de um estudo
que levaria em conta não somente a demanda de passageiros, mas o uso do solo ao
redor das avenidas, geralmente ocupados por estabelecimentos comerciais.
Para
o gerente da Via Metro, operadora do transporte público no Crajubar, José
Cláudio, a ideia aperfeiçoaria a mobilidade urbana. Por outro lado, a
concessionária ainda se ressente de serviços básicos, como recuperação da malha
viária. “Melhoraria a fluidez do trânsito, com certeza. Todo e qualquer avanço
no sentido de melhorar a mobilidade urbana é muito bem-vindo, a iniciar do
básico, que é ter uma rua, que por enquanto só tem buraco”, afirma. Jornal do Cariri
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