
Desde
então, são cultivadas três tipos de alface (americana, crespa e salada), além
de cheiro verde e tomate. Em março, serão plantados morango, cenoura e
beterraba. De acordo com o coordenador da iniciativa, o professor Cley
Anderson, a técnica, conhecida como hidroponia, permite o cultivo de plantas
onde não há solo. As raízes das plantas ficam dentro da água – daí o prefixo
‘hidro’. Soluções fertilizantes são adicionadas para alimentar as plantas.
“Desta
forma, todos os nutrientes necessários para a nutrição das plantas são
fornecidos via água, que chamamos de solução nutritiva. Nesse sistema, a
solução nutritiva é fornecida em tempos predeterminados. Como não há solo, as
doenças oriundas do solo não atingem as plantas”, explica o professor.
Segundo
o educador, devido ao fato de as plantas serem cultivadas em estufas, o uso de
agrotóxicos é dispensável. “Logo, temos um alimento mais saudável”, acrescenta.
A água fornecida pelo sistema de hidroponia é cíclica. Ou seja, a solução
fornecida às plantas, que não é aproveitada, retorna para reservatório e
voltará a ser utilizada em um novo ciclo de fornecimento.
O
professor esclarece que esse tipo de fornecimento resulta em economia no
consumo de água, já que o líquido não é desperdiçado, como ocorre em cultivos e
plantações convencionais. Atualmente, é possível encontrar muitos produtos
hidropônicos em supermercados. Entre as vantagens para produtores, estão o
clima da estufa, que pode ser controlado, permitindo a produção durante todo o
ano, e a ocupação de espaços de forma reduzida.
Apesar
de a técnica não ser muito difundida no Brasil, sendo encontrada apenas em
grandes centros urbanos, será incentivada por meio das pesquisas e da produção
da estufa instalada no IFCE Crato. “Em 2019, vamos oferecer cursos e mostrar o
grande potencial que esta técnica tem para a região”, finaliza o
professor. Jornal do Cariri
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