Se
beber, não dirija. A frase atemporal, tão repercutida em campanhas
publicitárias, é curta, mas guarda um alerta evidente nas entrelinhas: álcool e
direção em nada combinam. Na prática, felizmente, a mensagem tem provocado
efeitos positivos. Em 2018, conforme balanço parcial do Departamento Estadual
de Trânsito (Detran) e da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o número de infrações à Lei Seca no Ceará
diminuiu 44% em relação ao ano passado.
De
janeiro ao dia 23 de dezembro último, 2.742
motoristas foram notificados por embriaguez ao volante, tendo sido 1.680
autuações durante fiscalização do Detran e outras 1.062 da PRE.
Já em igual período de 2017, os dois órgãos contabilizaram juntos 4.978
ocorrências após o teste do etilômetro ou bafômetro (nome popular), que aponta
o teor de álcool no organismo do condutor.
O total
de infrações tabuladas em 2018 fica ainda menor se comparado a 2016, quando
8.758 motoristas dirigiram sob efeito de bebida alcoólica. Em dois
anos, a redução foi de 68%. Como preço da transgressão, que gera multa
considerada gravíssima (R$ 2.934,70), o condutor tem ainda o veículo ou a
motocicleta aprendidos e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa por
12 meses.
Segundo
o comandante do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRE), tenente-coronel
Ronaldo Silva, três fatores explicam a baixa nos números de infração via Lei
Seca:aumento das vistorias, preocupação com a penalidade alta, que impacta no
bolso do condutor e maior conscientização por parte da população.
"Nos
postos de fiscalização, nós fazemos muitos testes de rotina e, normalmente,
eles dão zero. A grande maioria dos condutores não recusa contribuir com o
nosso trabalho e sempre demonstra atenção às nossas orientações", garante
Ronaldo Silva.
É
o caso do motorista Gabriel Rodrigues, de 34 anos. Mais que absorver as dicas
dos agentes, ele sabe da importância de ter uma boa conduta no trânsito.
"Eu dirijo pensando não só na minha segurança, mas também na de todos que
estão na via. Beber e dirigir é uma forma de desvalorização da vida",
ressalta. Diário do Nordeste
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