O ministro extraordinário da
transição,
Onyx Lorenzoni. (Foto: José Cruz)
|
A
estrutura definitiva da Esplanada dos Ministérios no governo de Jair Bolsonaro
foi apresentada na tarde desta segunda (3), em coletiva de imprensa, pelo
ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni. Inicialmente, serão 22
ministérios (veja a lista abaixo), incluindo Banco Central (BC) e
Advocacia-Geral da União (AGU). Esses dois órgãos, no entanto, deverão
perder o status de
ministério na próxima gestão, reduzindo posteriormente o número de pastas a 20.
No
caso do BC, o novo governo defenderá aprovação da autonomia e
independência da autarquia. Já em relação à AGU, a ideia é apresentar uma
mudança constitucional para prever que toda ação judicial que envolva
atuação do governo federal tenha como foro judicial os tribunais
superiores. Com isso, o governo poderia abrir mão do status de ministério da AGU,
que dava foro especial ao advogado-geral da União para processos movidos
em primeira instância.
O
presidente eleito Jair Bolsonaro terá uma assessoria especial específica para
cuidar de sua comunicação pessoal. Essa estrutura estará vinculada diretamente
ao gabinete presidencial e deverá ser responsável pela gestão das redes
sociais do presidente, muito usadas por ele para manifestar posições e se
comunicar com a população. Já a comunicação insitucional de governo,
incluindo as verbas oficiais de publicidade, será mantida na Secretaria de
Comunicação, que ficará vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da
República, comandada pelo advogado Gustavo Bebianno. A pasta também será
responsável por um programa de modernização do Estado e pela Secretaria de
Assuntos Estratégicos (SAE) do governo.
A
Casa Civil, que será comandada por Onyx Lorenzoni, manterá as atribuições de
comando de governo e será responsável pela articulação política no Congresso
Nacional. Segundo Onyx, serão criadas duas secretarias específicas para
cuidar das relações com a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, uma para
cada Casa. Elas serão integradas por ex-parlamentares. A relação do
governo federal com estados e municípios será atribuição da Secretaria de
Governo, sob o comando do general Santos Cruz. Ele também ficará responsável
pelo Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), que tem uma carteira de
mais de 40 projetos e cerca de R$ 20 bilhões previstos em investimentos.
Onyx
Lorenzoni também confirmou a extinção do Ministério do Trabalho e
a redistribuição das atribuições da pasta entre os ministérios da Justiça
e Segurança Pública, da Cidadania e Economia. "O Ministério do
Trabalho passa a estar contido, majoritariamente, no Ministério da Justiça. Lá
está, com certeza, a secretaria que cuida das [concessões de] cartas
sindicais, que foi foco de problemas. Ela vai estar sob controle do doutor
Moro. No Ministério da Economia, vai estar a questão da fiscalização e
políticas públicas para o emprego, e há uma parte menor no Ministério da
Cidadania, como a Secretaria de Economia Solidária", explicou.
O
próximo governo também manterá o Ministério dos Direitos Humanos, que incluirá
uma Secretaria de Políticas para as Mulheres, além de questões relacionadas
à igualdade social e políticas para a população LGBT.
Confira
os 22 ministérios do governo de Jair Bolsonaro a partir de 2019:
-
Casa Civil
-
Secretaria-Geral da Presidência da República
-
Secretaria de Governo
-
Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
-
Advocacia-Geral da União (AGU)*
-
Banco Central*
-
Economia
-
Agricultura
-
Meio Ambiente
-
Direitos Humanos
-
Ciência, Tecnologia e Comunicação
-
Relações Exteriores
-
Defesa
-
Cidadania
-
Educação
-
Saúde
-
Justiça e Segurança Pública
-
Turismo
-
Infraestrutura
-
Desenvolvimento Regional
-
Transparência
-
Minas e Energia
* devem
perder o status de ministério durante o governo Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário