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(Foto: Rogério Cassimiro)
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Neste
ano, o preço da energia elétrica paga pelas residências deverá fechar com um
aumento médio de 15% em relação a 2017 — ano em que a alta já havia sido de
cerca de 14%.
Em
2019, a tarifa deverá ficar praticamente estável, com elevação média de 0,38%,
segundo cálculo da TR Soluções, empresa de tecnologia especializada em tarifas
de eletricidade, feito a pedido da Folha.
Há
variações significativas entre as 38 distribuidoras analisadas pela companhia,
uma vez que cada uma delas tem seus reajustes marcados para diferentes épocas
do ano e são afetadas por distintos fatores que influem o cálculo, explica
Helder Sousa, diretor da TR e responsável pelas projeções.
Na
média, as distribuidoras do Nordeste terão a maior alta, de 3,09%, seguidas
pelas do Centro-Oeste (2,13%) e do Sudeste (0,94%). No Sul e no Norte, a
expectativa é de retração na conta, de -2,58% e -5,03%, respectivamente.
A
consultoria Thymos Energia também projeta que os reajustes do próximo ano
ficarão abaixo das taxas vistas em 2018, mas a projeção é menos otimista,
segundo o consultor Anton Schwyter.
“Ainda
não fechamos a análise [das projeções para 2019], mas deve ficar próximo à
inflação medida pelo IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo], entre 5% e
6%. Ainda haverá muitos fatores pressionando para cima a tarifa no próximo
ano”, diz.
Em
2018, a forte alta da conta de luz foi impactada principalmente pelo regime de
chuvas fraco, que reduziu a capacidade de geração das usinas hidrelétricas, a
principal fonte de energia do país.
Para
compensar esse déficit hídrico, é preciso acionar mais usinas térmicas, movidas
a óleo diesel ou gás natural, que são mais caras.
Normalmente,
esse gasto extra é compensado pelas chamadas bandeiras tarifárias (adicionais
na conta de luz, que variam de mês a mês).
No
entanto, as condições hidrológicas foram tão ruins que as bandeiras não foram
suficientes para cobrir as despesas, e as distribuidoras acabaram acumulando um
rombo bilionário que foi repassado aos consumidores no reajuste anual das
tarifas.
O
resultado foi visto nos aumentos anunciados ao longo de 2018. Folhapress
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