Evandro Leitão e Tin Gomes
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A
ida do deputado estadual Zezinho Albuquerque (PDT) para o secretariado de
Camilo Santana (PT) afunila ainda mais a disputa pela presidência da Assembleia
Legislativa do Ceará entre dois nomes.
São
eles Tin Gomes e Evandro Leitão, ambos do PDT, maior partido da casa, com 14
assentos, e legenda com a prerrogativa de indicar o próximo presidente.
Embora
outros nomes corram por fora, como Salmito Filho, recém-eleito, Sergio Aguiar
(que concorreu na última eleição), Tin, vice-presidente da Casa, e Evandro,
líder do governo, lideram as bolsas de apostas.
Há
vantagens e desvantagens para Camilo dos dois lados. Tin, por exemplo, tem mais
acolhida entre os colegas de Casa, enquanto Evandro apresenta a credencial de
líder.
O
que pode parecer uma carta na manga de Evandro, no entanto, talvez acabe
atirando contra. Essa ligação estreita com o governismo num contexto em que os
legislativos de todo o País passam por uma renovação sensível não cai tão bem.
Mas
há outro fator a considerar. Quando Zezinho ainda era um dos cotados, Tin
funcionava como uma espécie de meio termo entre o camilismo, representado por
Evandro, e o cidismo, que tem no presidente da AL a sua expressão.
Sem
o nome mais ligado a Cid entre as cartas à disposição do governador, o
vice-presidente, em tese, se fortalece, ainda que o candidato dos sonhos de
Camilo seja Evandro.
Mesmo
citados entre os possíveis postulantes a ocupar a cadeira de presidente, outros
parlamentares encaram mais dificuldades.
É
o caso de Salmito, que, mesmo tendo presidido a Câmara, é marinheiro de
primeira viagem na AL-CE. Seria um nome a ser alçado para o comando da
Assembleia apenas se o grupo – Camilo e o PDT – trabalhasse com ele de olho em
2020. Não parece o caso.
Outro
que foi lembrado nos bastidores é José Sarto, mas, como seu grupo mais próximo
já foi contemplado na Câmara de Vereadores, dificilmente ganharia tanto poder
também na AL.
A
eleição, no entanto, é apenas em 1º de fevereiro, e até lá muita coisa pode
mudar ainda. O fato é que a costura do melhor nome dentro do PDT para a
presidência estava intimamente atrelada à formação do novo secretariado do
petista, que está a sete pastas de fechar.
Sem
Zezinho na parada, o governador dá um passo importante não somente para ocupar
a poderosa Secretaria das Cidades, posto que vinha sendo perseguido por MDB e
PP – acabou indiretamente nas mãos deste, já que o partido é presidido no Ceará
por AJ Albuquerque, deputado federal eleito e filho de Zezinho. O Povo
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