"Malassombros", do grupo Teatro e Retalho, de
Arco Verde (PE):
a montagem encerrará a programação do FIMC neste sábado (8),
no terreiro do Mestre Raimundo Aniceto. (Foto: Tiago Henrique)
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Elemento
habitual das artes cênicas e do universo brincante, a máscara ganha um sentido
maior além do prático. A segunda edição do Festival Internacional de Máscaras
do Cariri (FIMC) terá sua abertura oficial nesta terça (4), às 20h30, no Largo
da RFFSA, no Crato (CE). Na ocasião, haverá a exibição do espetáculo
"Reprise", do grupo paulista La Mínima.
Antes,
às 16h, um desfile de máscaras na Praça São Vicente marca uma prévia da
abertura. O FIMC acontece até o próximo sábado (8). A programação leva
espetáculos, exposições, oficinas, colóquios, desfiles de máscaras e outros
encontros para o Largo da RFFSA, Comunidade do Gesso, Praça São Vicente,
unidade do Sesc, Centro de Artes da URCA, dentre outros espaços no Crato (CE);
além do Centro Cultural Banco do Nordeste, em Juazeiro do Norte (CE). O acesso
é gratuito.
Segundo
Dane de Jade, diretora geral do FIMC, o projeto possibilita uma
"vivência" para a troca de experiências entre os participantes, para
além da realização dos espetáculos. Três curadores escolheram a programação do
festival de 2018: além da produtora, o ator e palhaço João Miguel, e a atriz e
professora Bya Braga.
Dane
situa que a máscara está inserida em diferentes culturas, e evoca uma
simbologia conectada aos rituais, às festas, artes e cultura de modo geral. A
diretora conta sobre a inspiração de grupos como a Companhia dos Bondrés (RJ):
depois da primeira edição, o grupo passou a realizar uma batalha de
improvisação de máscaras no Rio de Janeiro.
"Para
entender melhor a atualidade das pesquisas e usos em torno da máscara, o
festival reuniu muitas ações que ainda hoje reverberam Brasil afora e que
continuarão realimentando novas edições do FIMC", vislumbra a diretora
Dane de Jade.
Único
evento do perfil no Brasil, o FIMC mantém uma parceria com o Festival
Internacional de Máscaras de Quebec (Canadá). Este também é exclusivo, no
contexto da América do Norte. A diretora acompanhou a programação canadense em
2015 e, de lá, saiu com a motivação para levar a mesma proposta à região do
Cariri.
"O
Cariri cearense é um território fértil dessa linguagem, o que já apontava a
amplitude que deveria ter o festival, no sentido de promover experiências que
contemplassem um profundo intercâmbio entre pesquisadores, artistas e
grupos", identifica Dane. Para celebrar a parceria entre os dois países, o
II FIMC exibirá o espetáculo "Habite-me" - na próxima sexta, 7, às
19h, no Sesc Crato.
Investigação
Indagada
se a cultura das máscaras ainda carece de pesquisas no Brasil, a diretora Dane
de Jade pontua a importância do FIMC nesse sentido. Sobre a experiência da
primeira edição, ela conta como descobriu uma série de espetáculos,
pesquisadores, artistas e acadêmicos mergulhados nesse universo.
A
realizadora confia na continuidade do festival, e destaca a potência do evento
para se tornar "uma referência à apreciação de grupos e artistas que
trabalham com máscaras em todas as suas modalidades, pois as ações vão desde
teatro e música a atividades de intercâmbio, audiovisual e ações de formação",
complementa.
Serviço
II Festival Internacional de Máscaras do Cariri (FIMC)
De 4 a 8 de dezembro, espetáculos, desfiles de máscaras, exposições e ações de formação em diversos espaços públicos e privados no Crato (CE); e no Centro Cultural Banco do Nordeste (Rua São Pedro, 337, Centro), em Juazeiro do Norte (CE). Acesso gratuito. Contato: fimc.com.br Diário do Nordeste
II Festival Internacional de Máscaras do Cariri (FIMC)
De 4 a 8 de dezembro, espetáculos, desfiles de máscaras, exposições e ações de formação em diversos espaços públicos e privados no Crato (CE); e no Centro Cultural Banco do Nordeste (Rua São Pedro, 337, Centro), em Juazeiro do Norte (CE). Acesso gratuito. Contato: fimc.com.br Diário do Nordeste
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