(Foto: Mauro Pimenta) |
Ao
menos uma das aeronaves da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que sobrevoavam
Brumadinho nesta segunda-feira, 29, tinha a missão de executar, com tiros,
animais ilhados, presos na lama ou feridos. A Cidade ficou destruída
depois da ruptura de uma barragem de rejeitos na sexta-feira, 25.
Foram
mais de 20 disparos. O sacrifício dos animais ocorreu numa área próxima do
local onde mais de 20 brigadistas tentavam abrir um ônibus coberto pela lama,
com vítimas dentro.
O
Conselho Regional Medicina Veterinária de Minas Gerais disse que dois
animais, um bovino e um equino sofreram eutanásia por arma de fogo. Segundo o
presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MG), Bruno
Divino, o método é autorizado pelo “Guia Brasileiro de Boas Práticas para
Eutanásia em Animais” e foi escolhido porque os animais estavam em sofrimento e
não havia segurança para que os socorristas descessem do helicóptero para
aplicar o anestésico. “O método para quem não conhece é assustador, mas é feito
disparo onde o animal não vai sentir dor”.
Bruno
ainda afirma que o método só será usado quando o animal estiver em situação de
extremo sofrimento e não houver como acessar o local. Nas outras situações, a
orientação é resgatar o animal da lama ou fazer a eutanásia com anestésicos.
Luísa
Mell, ativista dos direitos dos animais que está em Brumadinho para ajudar a
equipe de veterinários voluntários, criticou em uma rede social o método que
foi usado: “Os animais estão pagando pelo crime da Vale!”, diz. Revista Veja
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