"Não é justo atingir um garoto, fazer o que estão
fazendo
com ele, para tentar me atingir", disse o presidente.
(Foto:
Fernanda Rouvenat / G1 Rio)
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O
presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou durante entrevista à TV Record em Davos (Suíça), onde
participa do Fórum Econômico Mundial, que acredita na inocência do filho, o
deputado estadual e senador eleito Flávio
Bolsonaro (PSL-RJ). "Acredito nele. A pressão enorme em
cima dele é para tentar me atingir", disse.
Flávio
é citado no procedimento aberto pelo Ministério Público do Rio contra o ex-assessor
Fabrício Queiroz, que é investigado por movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão
durante um ano, identificada pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades
Financeiras).
O Coaf considerou ainda
suspeitos 48 depósitos feitos em dinheiro na conta de Flávio. Os depósitos,
sempre no valor de R$ 2.000, totalizando R$ 96 mil, foram feitos em junho e
julho de 2017 no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da
Assembleia Legislativa do Rio.
Mais
cedo, em entrevista à agência Bloomberg,
o presidente afirmou eventuais irregularidades cometidas por Flávio terão de
ser punidas. À
Record, Bolsonaro chamou de "infundadas" as
acusações contra Flávio e disse que o sigilo do filho foi quebrado.
"Fizeram uma arbitrariedade contra ele nessa questão".
A
solicitação de informações do Coaf, de acordo com norma do Conselho Nacional do Ministério Público,
não configura quebra de sigilo. Ao final da entrevista, Bolsonaro voltou a
afirmar que "não está acima da lei" e que as denúncias contra Flávio
têm como objetivo atingir o seu governo.
"Nós
não estamos acima da lei. Pelo contrário, estamos abaixo da lei. Agora, que se
cumpra a lei, não façam de maneira diferente para conosco. Não é justo atingir
um garoto, fazer o que estão fazendo com ele, para tentar me atingir",
disse o presidente.
Entrevista
cancelada
Questionado
sobre o cancelamento da entrevista que concederia a jornalistas brasileiros e
estrangeiros em Davos, Bolsonaro disse
que seguiu recomendação médica. Ele será submetido a uma cirurgia no próximo
dia 28, em São
Paulo, para fechamento da colostomia feita após o atentado
sofrido em setembro passado, durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
"Tenho
que chegar descansado no domingo em São
Paulo para que eu possa me submeter a uma cirurgia
bastante complexa, que todo meu abdômen será aberto novamente".
O
presidente afirmou que não teria nada de novo para falar à imprensa naquele
momento e que optou pelo cancelamento da
coletiva para se poupar. "Logicamente o que pudemos cancelar aqui nós
cancelamos". Diário do Nordeste
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