O
presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou nesta quarta-feira (30) que o
objetivo de sua gestão é vender todos os quatro ativos não essenciais do banco
público - gestora de recursos, loterias, seguros e cartões - e também listar os
papéis na bolsa em Nova York.
O
executivo acredita que ao menos duas destas empresas devem fazer a abertura de
capital (IPO, na sigla em inglês) neste ano e, em uma "previsão
conservadora", até junho de 2020 todas estas companhias devem estar com
capital aberto.
No
discurso de posse, o executivo havia afirmado que o objetivo era vender as
quatro empresas durante os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro (PSL), mas
após suas primeiras semanas no comando do banco, encurtou o prazo para meados
do ano que vem.
A
empresa de loterias do banco, afirmou Guimarães, tem chances de ser a primeira
a lançar ações, pois já está mais preparada, disse durante palestra em evento
com 650 investidores, empresários e analistas promovido pelo Credit Suisse. Ele
ressaltou que o objetivo das operações não é vender 100% das subsidiárias, mas
uma fatia menor e, em um segundo, uma opção é fazer uma oferta subsequente
(follow-on, pelo jargão do mercado financeiro).
"Não
penso que IPOs têm que ser 30%, 40% ou 50%, prefiro fazer menor."
Operações menores, disse ele, conseguem atrair mais pequenos investidores.
Sobre o IPO da própria Caixa, Guimarães disse que é uma decisão do ministro da
Economia, Paulo Guedes. Seu mandato no banco público, disse ele, é vender as
subsidiárias. O executivo ressaltou ainda que a privatização da Caixa não está
em discussão no governo.
Guimarães
comentou não gostar do modelo de joint venture para o banco e acredita que o
mais viável é vender as empresas por meio de ofertas de ações. O executivo
prometeu um choque de gestão no banco. Ele destacou que só o fato de abrir o
capital pode ajudar o lucro de algumas das subsidiárias aumentar em 50%. Estadão
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