quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Caixa pode vender suas quatro subsidiárias até 2020


O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou nesta quarta-feira (30) que o objetivo de sua gestão é vender todos os quatro ativos não essenciais do banco público - gestora de recursos, loterias, seguros e cartões - e também listar os papéis na bolsa em Nova York.

O executivo acredita que ao menos duas destas empresas devem fazer a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) neste ano e, em uma "previsão conservadora", até junho de 2020 todas estas companhias devem estar com capital aberto.

No discurso de posse, o executivo havia afirmado que o objetivo era vender as quatro empresas durante os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro (PSL), mas após suas primeiras semanas no comando do banco, encurtou o prazo para meados do ano que vem.

A empresa de loterias do banco, afirmou Guimarães, tem chances de ser a primeira a lançar ações, pois já está mais preparada, disse durante palestra em evento com 650 investidores, empresários e analistas promovido pelo Credit Suisse. Ele ressaltou que o objetivo das operações não é vender 100% das subsidiárias, mas uma fatia menor e, em um segundo, uma opção é fazer uma oferta subsequente (follow-on, pelo jargão do mercado financeiro).

"Não penso que IPOs têm que ser 30%, 40% ou 50%, prefiro fazer menor." Operações menores, disse ele, conseguem atrair mais pequenos investidores. Sobre o IPO da própria Caixa, Guimarães disse que é uma decisão do ministro da Economia, Paulo Guedes. Seu mandato no banco público, disse ele, é vender as subsidiárias. O executivo ressaltou ainda que a privatização da Caixa não está em discussão no governo.

Guimarães comentou não gostar do modelo de joint venture para o banco e acredita que o mais viável é vender as empresas por meio de ofertas de ações. O executivo prometeu um choque de gestão no banco. Ele destacou que só o fato de abrir o capital pode ajudar o lucro de algumas das subsidiárias aumentar em 50%.  Estadão

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