O encontro estava marcado para o sábado, mas foi
antecipado.
(Foto: José Leomar)
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O governador Camilo
Santana (PT) passou uma hora e meia reunido na sede do Governo Estadual,
na noite desta sexta-feira (25), no Palácio Abolição, com parlamentares que
fazem oposição ao seu governo. O tema do encontro foi a crise de segurança no
Estado.
O governador recebeu
os senadores Tasso Jereissati (PSDB), Eduardo Girão (PROS) e também o deputado
federal eleito Capitão Wagner (PROS). Em entrevista, Wagner disse que os
parlamentares irão buscar encontro com o ministro Sergio Moro e com o
presidente Jair Bolsonaro (PSL) para agilizar ações já solicitadas pelo governador.
"Vimos os pedidos
que o Governo do Estado fez ao Governo Federeal que não foram atendidos ainda.
Combinamos com os senadores de fazer um trabalho de articulação em
Brasília", disse o deputado federal eleito.
Ainda de acordo com o
parlamentar, os pontos a serem reivindicados ao Palácio do Planalto são a
liberação imediata dos agentes penitenciários solicitados por Camilo, além de
recursos do Fundo Nacional da Segurança Pública e a tentativa de convencer
Bolsonaro de liberar o Exército Nacional para o Ceará.
O deputado Capitão
Wagner disse ainda que a oposição é quem procurou o governador Camilo Santana
para ajudar na crise na segurança pública. "A gente está preocupado com a
extensão da crise. Se imaginava que isso pudesse ser resolvido nesse tempo de no
máximo duas semanas", afirmou. Tasso, Girão e Wagner devem buscar ainda
interlocução com o general Guilherme Theophilo, que é Secretário Nacional de
Segurança, para contribuir com o tema.
Segundo o Capitão, o
governo está "firme" nas ações de enfrentamento às facções
criminosas. Rumores de que poderia haver acordos para evitar novas
transferências de presos, segundo ele, foram dissipados pelo governador.
"O governador disse que não haveria acordo. O governo está firme e que
quer avançar", disse.
O senador eleito
Eduardo Girão (PROS) disse que o encontro foi "positivo" e serviu
também para a oposição conhecer detalhes do plano de enfrentamento do governo.
"É um momento delicado no Ceará. Chegou a hora de enfrentar. Todos
nós precisamos estar juntos. Nessas horas não tem oposição. Eu acho que é
união, é buscar fazer as ponderações, mas não é hora de pensamentos
políticos. É hora de dar as mãos e dar apoio para que o Estado enfrente
com toda força necessária o crime", disse o parlamentar.
Girão fez elogios ao
secretário de Administração Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque, e
disponibilizou o mandato para ajudar o governador petista. "A gente
acredita que o secretário está no caminho certo e precisa ter carta branca do
governador até o fim. A gente vê a boa vontade do Governo do Estado e nosso
papel em Brasília também é ajudar no que for possível", disse.
Contato
Antes do encontro,
Camilo Santana já havia conversado, por telefone, com o senador Eduardo Girão e
o deputado Capitão Wagner. Nos diálogos, ficou combinado o encontro para fazer
uma avaliação da situação. Diário do Nordeste
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