Atualmente, o
trabalhador paga ao INSS entre 8% e 11% do salário
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Uma
das possibilidades em estudo é que, na capitalização, os empregadores
contribuam com o equivalente a 8,5% do salário do empregado - no regime atual,
essa contribuição do empregador é de 20%.
Os
segurados, por sua vez, também pagariam 8,5%, garantindo uma contribuição total de 17%, que, na avaliação da área
econômica, garante uma poupança suficiente para manter a renda do trabalhador
na sua aposentadoria. Hoje, o trabalhador paga ao INSS entre 8% e 11% do salário. A
participação dos empregadores no sistema foi informada na última quarta-feira
(30).
Já
está certo que a criação do sistema de capitalização, uma bandeira do ministro
da Economia, Paulo Guedes, estará prevista na Proposta de Emenda da
Constituição (PEC) que será enviada ao Congresso. O seu funcionamento, porém,
será regulamentado numa segunda etapa da reforma.
A
capitalização, porém, só vai valer para quem ainda vai entrar no mercado de
trabalho - a data de início do sistema não está definida. E trabalhadores com
renda mais baixa devem ficar de fora desse sistema.
O
modelo de contribuição de 8,5%
para empresas e empregados atende à orientação dada por
Guedes de desonerar o setor produtivo e garantir mais emprego, desestimulando a
"pejotização" dos trabalhadores - fenômeno em que trabalhadores mais
qualificados deixam de ser contratados como pessoa física e passam a prestar
serviço como pessoa jurídica.
Dessa
forma, os empregadores pagam
menos contribuição sobre a folha de salários e os trabalhadores, menos Imposto
de Renda. Se o governo bater o martelo nessa contribuição conjunta
será diferente do praticado no Chile, onde só os trabalhadores contribuíam e os
benefícios acabaram ficando abaixo do necessário para garantir uma renda
mínima. Estadão
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