A
computação em nuvem já causa impactos diretos na economia do Estado. Através
dos serviços da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), providos
em parceria com a Amazon Web Services (AWS) e outros grandes provedores, o
Governo obteve, em um ano e meio, uma economia de 26% nos gastos operacionais
ao transferir as estruturas de dados de servidores locais "para a
nuvem", mantida a partir de data centers conectados ao redor do mundo. A
informação foi confirmada, em entrevista exclusiva ao Sistema Verdes Mares, por
Jeffrey Kratz, diretor-geral de Serviço Público para a América Latina, Canadá e
Caribe da AWS. Ao todo, foram poupados R$ 35 milhões.
Administrando
um processo gradual de migração de dados para a nuvem de pelo menos nove
secretarias e órgãos, a perspectiva da Etice é que, daqui a dois anos, todo o
Governo opere em ambiente de nuvem. A medida produzirá uma economia, em cinco
anos, de R$ 380 milhões, estima Adalberto Albuquerque, presidente da Etice.
Contudo, a parceria com a AWS ainda deve gerar outros resultados.
Após
reunião com uma comitiva do Estado, que contou com a presença do governador
Camilo Santana, a AWS afirmou que está dimensionando o possível investimento de
um data center no Ceará nos próximos anos. Apesar de não precisar o valor do
aporte, o presidente da Etice comentou que a relação entre o Estado e a AWS tem
evoluindo de forma sólida. A formalização do investimento poderia acontecer já
nos próximos quatro meses.
"O
Governo do Estado sempre se mostrou disposto em atrair os grandes players do
mercado e estamos tendo uma boa relação com a AWS desde o edital de busca de
provedores de serviços em nuvem, há dois anos. A reunião com a AWS foi muito
proveitosa e temos a sensação de que esse namoro logo deverá virar um casamento
e eles possam investir aqui no Ceará", afirmou Albuquerque.
A
instalação de uma estrutura de data center em Fortaleza, para a AWS, seria
estratégica para atender de forma mais direta à demanda de outros estados no
Nordeste e outros países próximos. Após a chegada dos cabos submarinos e a
conexão feita pela Angola Cables, o continente africano também estaria nos
objetivos da companhia. Diário do
Nordeste
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