sábado, 26 de janeiro de 2019

Ceará quer economizar R$ 380 mi ao migrar dados para a 'nuvem'


A computação em nuvem já causa impactos diretos na economia do Estado. Através dos serviços da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), providos em parceria com a Amazon Web Services (AWS) e outros grandes provedores, o Governo obteve, em um ano e meio, uma economia de 26% nos gastos operacionais ao transferir as estruturas de dados de servidores locais "para a nuvem", mantida a partir de data centers conectados ao redor do mundo. A informação foi confirmada, em entrevista exclusiva ao Sistema Verdes Mares, por Jeffrey Kratz, diretor-geral de Serviço Público para a América Latina, Canadá e Caribe da AWS. Ao todo, foram poupados R$ 35 milhões.

Administrando um processo gradual de migração de dados para a nuvem de pelo menos nove secretarias e órgãos, a perspectiva da Etice é que, daqui a dois anos, todo o Governo opere em ambiente de nuvem. A medida produzirá uma economia, em cinco anos, de R$ 380 milhões, estima Adalberto Albuquerque, presidente da Etice. Contudo, a parceria com a AWS ainda deve gerar outros resultados.

Após reunião com uma comitiva do Estado, que contou com a presença do governador Camilo Santana, a AWS afirmou que está dimensionando o possível investimento de um data center no Ceará nos próximos anos. Apesar de não precisar o valor do aporte, o presidente da Etice comentou que a relação entre o Estado e a AWS tem evoluindo de forma sólida. A formalização do investimento poderia acontecer já nos próximos quatro meses.

"O Governo do Estado sempre se mostrou disposto em atrair os grandes players do mercado e estamos tendo uma boa relação com a AWS desde o edital de busca de provedores de serviços em nuvem, há dois anos. A reunião com a AWS foi muito proveitosa e temos a sensação de que esse namoro logo deverá virar um casamento e eles possam investir aqui no Ceará", afirmou Albuquerque.

A instalação de uma estrutura de data center em Fortaleza, para a AWS, seria estratégica para atender de forma mais direta à demanda de outros estados no Nordeste e outros países próximos. Após a chegada dos cabos submarinos e a conexão feita pela Angola Cables, o continente africano também estaria nos objetivos da companhia.    Diário do Nordeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário