Materiais
inutilizados por você pode ser renda para agentes de reciclagem. Não jogue
fora, doe. FOTO: Alana Soares
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Pelo
bairro Pirajá, em Juazeiro do Norte, Francisco de Assis, 68 anos, empurrava o
carrinho de mão carregado de embalagens, tubos e garrafas de plástico que iria
vender no bairro Antônio Vieira. A caminhada até lá lhe renderia cansaço e
meros R$ 4, pagamento pela revenda dos itens recicláveis.
Para conseguir o carrinho cheio precisou percorrer oficinas mecânicas e lojas pela cidade, que lhe doaram o material sem serventia. Quando não consegue com esses parceiros, Francisco é obrigado a revirar latões de lixo na procura.
"Esse pouquinho é o que a gente consegue depois de um dia todo", Francisco lamenta. Estava com as roupas surradas e sujas de graxa. Visivelmente cansado, ele revela que não vê perspectiva de melhora, mas agradece pelo pouco que tem. "Melhor trabalhar e ter pouco do que não ter nada".
COOPERATIVAS
Fundada
em 2016, a Cooperativa de Trabalho e Serviços Socioambientais dos Catadores e
Catadoras de Materiais Recicláveis e Reutilizáveis (COOP KARIRI) reúne 50 a 60
trabalhadores de três associações já atuantes de Juazeiro do Norte e Barbalha,
agora com poder de barganha no valor dos materiais revendidos.
Isoladamente, as associações e os catadores individuais vendiam 1 kg de papelão por 0,10 centavos. Com a COOP, vendem por 0,30 ou 0,40 centavos.
Em um mês de boas vendas, associações conseguem repassar de R$300 a R$ 400 reais para seus membros, o que é menos da metade do atual salário mínimo.
Isoladamente, as associações e os catadores individuais vendiam 1 kg de papelão por 0,10 centavos. Com a COOP, vendem por 0,30 ou 0,40 centavos.
Em um mês de boas vendas, associações conseguem repassar de R$300 a R$ 400 reais para seus membros, o que é menos da metade do atual salário mínimo.
"Melhor
trabalhar e ter pouco do que não ter nada", diz Francisco, 68 anos. (Foto:
Normando Sóracles)
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Pode
ser doado nas Associações de Catadores de Materiais Recicláveis:
Todo
tipo de papel (revistas, jornais, ofício, almaço, livros etc.);
Papelão;
Plástico
(garrafas pet, recipientes como shampoo, depósitos de sorvete etc.);
Metais
em geral – principalmente ferro, alumínio e cobre (latinhas de refrigerante, de
cremes, de condimentos etc.);
Eletrônicos
(peças de computador, som, televisores, micro-ondas, celulares etc.);
Óleo
de cozinha (em garrafas bem lacradas)
Associação
Engenho do Lixo
Avenida
Paulo Maia, 230, bairro Santo Antônio – Juazeiro do Norte
José
Leite, presidente / Tel: (88) 98828 2134
Site Miséria
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