As
denúncias de candidaturas suspeitas de serem "laranjas" do PSL chegaram ao Ceará. Segundo informações do
site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a candidata a deputada
estadual Gislani
Maia, que teve votação inexpressiva de 3,5 mil votos, recebeu do
partido o valor de R$ 150 mil em
recursos públicos do fundo eleitoral no dia 5 de outubro, dois dias antes da
eleição. No mesmo dia, a candidata pagou cerca de R$ 143 mil a três gráficas
que seriam para impressão de materiais de campanha.
Em
reportagem publicada na edição desta sexta-feira (22), o
Jornal O Globo revela que a candidata foi a única entre 18 mulheres do partido a receber
recursos na campanha. Além dela, apenas o presidente estadual e deputado
federal eleito pelo partido, Heitor
Freire, teria recebido recursos da direção nacional - Freire
recebeu cerca de R$ 50 mil. Em toda a campanha, Heitor declarou gastos de R$ 64 mil, menos da
metade da quantia recebida por Gislani.
A
dois dias da eleição, a candidata pagou pelo fornecimento de 4,8 milhões de santinhos,
panfletos e botons, além de 20 mil
adesivospara carros. A gráfica M C Holanda Carvalho
recebeu R$ 103,2
mil às vésperas da eleição para impressão dos materiais.
Respostas
O
presidente do PSL no Ceará, deputado federal Heitor Freire, disse em nota que
"todos os trâmites e preceitos legais atinentes ao uso do Fundo Partidário
foram rigorosamente observados por ocasião do processo eleitoral de
2018".
Ele
afirmou que Gislani Maia foi a candidatada mais votada do Estado e que
"qualquer insinuação de que esta tenha sido candidata “laranja”, não passa
de denuncismo vazio, irresponsável e leviano por parte de quem tenta a todo
custo manchar a imagem do partido". Ele repudiou "insinuações"
dessa natureza.
Procurada
por telefone, a ex-candidata Gislani Maia disse que não poderia falar, porque
estava no trabalho e disse que retornaria depois para a reportagem. Diário do Nordeste
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