sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Ceará lidera o número de embriões congelados no Nordeste


O casal Miguel Mezones e Alessandra Coelho comemora
o nascimento da filha Bianca Maria. (Foto: Natinho Rodrigues)
Mulheres que sonham em ser mãe encontram na tecnologia da fertilização in vitro (FIV) uma nova oportunidade. O Ceará, entre os estados do Nordeste, aparece no topo da estatística de embriões congelados por Bancos de Células e Tecidos Germinativos (BCTGs), com um total de 2.910 plântulas, de acordo com o 11º Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (Sisembrio), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicado em referência ao ano de 2017.

A fertilização in vitro consiste em um procedimento de alta complexidade, onde há seleção dos melhores espermatozoides. Ao contrário da inseminação artificial, na FIV, os óvulos são retirados antes da ovulação, e após esse processo, os embriões fecundados são colocados no útero.

"Como é uma técnica de alta complexidade, a taxa também aumenta. Nós temos taxas de 40% a 60%. Em essência, após uma transferência embrionária ou uma inseminação que se atinge uma gravidez, a recomendação é de uma vida normal, sem grandes restrições. Uma gravidez como outra qualquer", comenta o médico Daniel Diógenes, especialista em medicina reprodutiva.

Alternativa à família
"O benefício é que temos milhões de crianças nascidas após técnica de medicina reprodutiva, e muitos desses casais jamais conseguiriam atingir a gravidez de um ponto de vista natural", reforça o médico especialista.

"A ansiedade foi muito maior. A gente quando está madura já sabe, mais ou menos, como é cuidar de uma criança, especialmente eu, que já tenho filho. Quando a gente decide fazer fertilização, é porque quer mesmo. A vontade é muito maior", explica a fisioterapeuta Alessandra Maria, que é mãe da menina Alice Maria, de 13 anos, fruto da primeira gravidez, a qual foi espontânea.

Alessandra teve a primeira consulta sobre reprodução assistida em novembro de 2017, e iniciou o processo em fevereiro de 2018. No dia 1º de outubro de 2018, Bianca Maria chegou para complementar a família de Alessandra, Alice e do marido Miguel Mezones.   Diário do Nordeste

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