(Foto: Rovena Rosa)
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O
Ceará já registrou os primeiros óbitos causados por Aids em 2019, de acordo com
a planilha de doenças de notificação compulsória da Secretaria da Saúde do
Ceará (Sesa).
Até
o dia 9 de fevereiro, período referenciado no documento estadual, quatro óbitos
por Aids aparecem nos municípios de Sobral, Crateús, Jaguaretama e Lavras da
Mangabeira (Região do Cariri). Em 2018, o Estado todo registrou 247 óbitos pela
doença, segundo o Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS 2018, também de autoria do
Órgão estadual.
O
infectologista Anastácio Queiroz comenta que, quanto mais se demora para
descobrir a infecção, mais riscos e complicações o soropositivo tem de
enfrentar por conta do HIV/Aids. "Às vezes, a doença já evoluiu tanto que,
mesmo fazendo o tratamento, o indivíduo não consegue recuperar a saúde",
complementa o especialista.
O
Núcleo de Vigilância Epidemiológica, da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da
Sesa, reverbera o discurso sobre a necessidade de um diagnóstico breve. E
complementa, informando que, para além desse fator, a "não adesão ao
tratamento medicamentoso e abandono de tratamento" são outros potenciais
causadores de óbito.
Dificuldade
no tratamento
O
vírus HIV possui muitas mutações, e por isso, a medicação retroviral do
paciente pode estar errada, em alguns momentos. Assim, efeitos colaterais (como
náuseas e vômitos) podem afetar diretamente a regularidade do tratamento.
Contudo,
o Núcleo de Vigilância Epidemiológica alerta que, "atualmente, as drogas
adotadas para o tratamento do HIV causam menos efeitos colaterais nos
pacientes". Por isso, "é importante o acompanhamento regular para que
o médico possa avaliar os efeitos colaterais e adequar o melhor
tratamento", explica.
Conscientização
A
época de "Pré" e Carnaval, historicamente, requer ainda mais atenção
em relação ao contágio de HIV/Aids. Conscientização e prevenção são duas das
principais estratégias para evitar a transmissão.
"Mesmo
nos dias de folga e de folia, é preciso ter atenção com a saúde. A alegria de
conhecer pessoas novas deve ser acompanhada de medidas de prevenção, para poder
curtir o carnaval com segurança", ressalta Telma Martins, articuladora do
Grupo de Trabalho de IST/ Aids da Sesa. Diário do Nordeste
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