O transplante de Lia foi realizado em maio de 2018. Aos 3
anos,
ela não depende mais de transfusões. (FOTO: HELENE SANTOS)
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Os
aniversários celebrados na família da nutricionista Juliana Roma guardam um
significado especial. Não apenas por serem abundantes - dela, do marido e de
três crianças -, mas por sua filha caçula, Lia, comemorar em duas datas
distintas: em 13 de setembro, seu nascimento, e em 11 de junho, o seu
'renascimento'. O segundo dia marca o momento em que exames apontaram que seu
transplante de medula óssea surtiu efeito.
No
Ceará, a esperança para pacientes com determinados tipos de doenças sanguíneas,
como a pequena Lia, é reafirmada em números: cerca de 180 mil pessoas no Estado
estão cadastradas como doadoras de medula óssea, de acordo com coordenador do
centro de Processamento Medular do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará
(Hemoce), Fernando Barroso.
O
procedimento é um tratamento a partir da transfusão de células-tronco indicado
para doenças graves que atingem as células do sangue, e o Estado é o 5º do
Brasil com maior cadastro de doadores.
A
trajetória que levou Lia à fila de espera por uma doação começou quando ela
tinha apenas 7 meses. Uma convulsão preocupou a família, que buscou orientação
de neurologistas. "Eles diziam que, neurologicamente, ela estava bem, mas
sempre sinalizava uma anemia, e um deles indicou procurar um hematologista. A
gente começou a procurar, já com vários exames, e essa anemia sempre se
mostrando pior", narra Juliana.
Com
o auxílio de um hematologista, os exames de Lia foram enviados para avaliação
em Campinas, São Paulo. Lá, a menina foi diagnosticada com talassemia major.
"É uma anemia hereditária. A do meu marido não era tão grave. Isso foi
detectado em mim e nos meus outros filhos, também, mas a Lia veio com uma forma
mais agressiva da doença. Ali no consultório, o mundo caiu". Diário do Nordeste
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