sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Ceará tem cerca de 180 mil doadores de medula óssea cadastrados


O transplante de Lia foi realizado em maio de 2018. Aos 3 anos,
ela não depende mais de transfusões. (FOTO: HELENE SANTOS)
Os aniversários celebrados na família da nutricionista Juliana Roma guardam um significado especial. Não apenas por serem abundantes - dela, do marido e de três crianças -, mas por sua filha caçula, Lia, comemorar em duas datas distintas: em 13 de setembro, seu nascimento, e em 11 de junho, o seu 'renascimento'. O segundo dia marca o momento em que exames apontaram que seu transplante de medula óssea surtiu efeito.

No Ceará, a esperança para pacientes com determinados tipos de doenças sanguíneas, como a pequena Lia, é reafirmada em números: cerca de 180 mil pessoas no Estado estão cadastradas como doadoras de medula óssea, de acordo com coordenador do centro de Processamento Medular do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), Fernando Barroso.

O procedimento é um tratamento a partir da transfusão de células-tronco indicado para doenças graves que atingem as células do sangue, e o Estado é o 5º do Brasil com maior cadastro de doadores.

A trajetória que levou Lia à fila de espera por uma doação começou quando ela tinha apenas 7 meses. Uma convulsão preocupou a família, que buscou orientação de neurologistas. "Eles diziam que, neurologicamente, ela estava bem, mas sempre sinalizava uma anemia, e um deles indicou procurar um hematologista. A gente começou a procurar, já com vários exames, e essa anemia sempre se mostrando pior", narra Juliana.

Com o auxílio de um hematologista, os exames de Lia foram enviados para avaliação em Campinas, São Paulo. Lá, a menina foi diagnosticada com talassemia major. "É uma anemia hereditária. A do meu marido não era tão grave. Isso foi detectado em mim e nos meus outros filhos, também, mas a Lia veio com uma forma mais agressiva da doença. Ali no consultório, o mundo caiu".       Diário do Nordeste

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