O
Ceará teve a sexta pior renda domiciliar per capita do Brasil no ano passado.
Mesmo assim, de 2017 (R$ 824) para 2018 (R$ 855), houve um aumento (3,76%) no
valor por pessoa do Estado. Mas na comparação com os números nacionais, o
resultado é R$ 518 menor que a média do Brasil (R$ 1.373).
Os
dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), calculados
com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad
Contínua) e enviados ao Tribunal de Contas da União (TCU). Esta divulgação
atende ao disposto na Lei Complementar 143/2013, que estabelece os critérios de
rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE).
Conforme os resultados, os locais mais
pobres do País se concentram no Norte e Nordeste do País. Dos estados com renda
domiciliar per capita inferior ao do Ceará estão Maranhão (R$ 605), Alagoas (R$
714), Pará (R$ 863), Piauí (R$ 817) e Acre (R$ 909).
Já
as unidades da federação onde a renda por pessoa é maior ficam nas regiões Sul,
Sudeste e Centro-Oeste. O Distrito Federal (R$ 2.460) obteve primeiro lugar no
ranking, seguido de São Paulo (R$ 1.898) e Rio Grande do Sul (R$ 1.705).
O
economista Alcântara Macedo avalia que os números da desigualdade ainda são
presentes, apesar de os resultados terem sidos maiores que anos anteriores.
"O crescimento é diferente do desenvolvimento. Pode ter um crescimento e
isso não trazer uma melhoria geral para todos (desenvolvimento). Essa relação
no Ceará está muito distante".
Depois
da Bahia e de Pernambuco, o Estado é a terceira maior economia da Região. Com
isso, "era de se esperar que a renda per capita não fosse baixa porque
existe um PIB (Produto Interno Bruto) significativo. No Ceará, a distribuição
de renda é mal feita. Existe um pequeno grupo de pessoas que ganha pouco e um
grande número que ganha muito. Isso fica como consequência para a péssima
distribuição de renda". O
Povo
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