(Foto: Thiago Gadelha)
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A cervejinha do cearense é
consumida mais fora de casa. Aliás, o consumo no Estado é 26% maior que a média
nacional. É o que aponta levantamento da Associação Brasileira da Indústria da
Cerveja (CervBrasil). "É uma característica nossa, do povo do Ceará, de
estar na calçada. Não gostamos de ficar enclausurados. A nossa brisa nos
convida a estar fora do lar", diz Moraes Neto, vice-presidente do
Sindicato de Restaurantes, Bares, Barracas de praia, Buffets e Similares do
Estado de Ceará (Sindirest).
Para incentivar o consumo, os
cardápios de bares e restaurantes estão cada vez mais sortidos. Segundo a
Associação, são 7,5 mil rótulos disponíveis ao mercado brasileiro. Entre
registros de produtos novos, conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, foram concedidos mais de 6 mil, entre cerveja e chope, apenas no
último ano.
No quesito produção, o País
ganhou 210 fábricas, totalizando 889 em 2018, com Rio Grande do Sul despontando
entre os estados com a maior quantidade de indústrias (186). Em geral, o
segmento estima crescimento de até 5% neste ano.
"Os anos de 2016 e 2017
foram difíceis. O País tem uma das maiores cargas tributárias do mundo sobre
bebidas. Apesar disso, as cervejarias mantiveram investimentos e têm colhido
resultados. Foi muito importante o investimento naquele momento, porque agora o
comércio tem uma reação, que pode ser tímida, mas é comemorada, pois é sinal de
crescimento", informa o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja
(Sindicerv).
Mercado local
O Ceará também apresentou
crescimento em 2018 e espera nova alta em 2019, embora ainda engatinhe no
setor. Ano passado, por exemplo, saiu de sete para 10 cervejarias. "O
Ceará corresponde a cerca de 2% das vendas nacionais de cerveja. O Estado registrou
um crescimento baixo em 2018, na casa de 0,5%. Não temos estimativas para 2019
ainda, mas deve apresentar melhoras, em linha com o crescimento do setor em
todo o Brasil", pontua Paulo Petroni, diretor executivo da CervBrasil. Diário
do Nordeste
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