quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Família acusa hospital de Juazeiro de negligência após morte de jovem

Hospital Maternidade São Lucas, onde adolescente
esteve internada. (Foto: Antonio Rodrigues)
A morte da adolescente Sthefany Alves, de 15 anos, ocorrida nesta terça-feira (19), revoltou familiares e amigos que protestaram na frente do Hospital Maternidade São Lucas, em Juazeiro do Norte, na manhã desta quarta-feira (20). A garota foi internada no dia 2 de fevereiro naquela unidade para dar à luz ao filho cinco dias depois. Porém, começou a sentir complicações depois do parto e faleceu após sofrer uma infecção no útero. A família acredita que os médicos foram negligentes.

De acordo com uma parente da adolescente, após ter o parto normal, no dia 7 de fevereiro, Sthefany continuou internada e começou a sangrar muito, sentir febre e uma dor na barriga muito forte. “Avisei a enfermeira e ela disse que era normal”, conta à familiar que não quis se identificar.

Após receber alta, a garota voltou a reclamar de dores e sua família a trouxe de volta ao Hospital São Lucas. Lá, os médicos disseram que a dor abdominal era causada por gases intestinais. Insatisfeitos com isso, os parentes levaram a adolescente ao Hospital São Vicente, em Barbalha. Lá, foi feita uma ultrassonografia, que detectou uma infeção no útero de Sthefany.


A jovem teve que passar por uma cirurgia de alto risco para a retirada do órgão. Apesar de sofrer duas paradas cardíacas, conseguiu sobreviver à intervenção. Contudo, a infeção já tinha se espalhado pelo corpo da adolescente, que faleceu na manhã desta terça-feira (19). “Isso aconteceu por irresponsabilidade do São Lucas”, garante outra familiar.


Nas redes sociais, dezenas de amigos e parentes de Sthefany lamentaram a morte e denunciaram o Hospital. O sentimento de revolta também tomou conta do seu sepultamento, hoje de manhã (20), quando o corpo da jovem passou em frente à unidade de saúde onde teve seu filho. Muitas pessoas desceram do ônibus, que seguia em cortejo até o cemitério, e depredaram as portas e paredes do São Lucas.

Em nota, o Instituto Médico de Gestão Integrada (IMEGI), que gerencia o Hospital Maternidade São Lucas, disse que irá abrir uma sindicância médica para apurar o ocorrido no caso da adolescente.       Blog Diário Cariri

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