A
Ford anunciou ontem a sua saída do mercado de caminhões na América do Sul.
Alega prejuízo. A montadora Ford prevê economia de US$ 460 milhões. A produção
na planta de São Bernardo do Campo (SP) será encerrada ao longo de 2019. Com o
fechamento da fábrica, saem também de produção as linhas Cargo, F-4000, F-350 e
Fiesta. A empresa vai apenas terminar os estoques.
Em
Fortaleza, a linha de caminhões da montadora é comercializada pela Crasa
Caminhões, do Grupo C. Rolim. O diretor da empresa, Lucas Rolim, disse que foi
surpreendido pelo anúncio. Ele afirmou que ainda não sabia como serão
procedimentos a serem tomados em acordo com a Ford. Deverá haver demissões,
assim como em toda a rede. "As vendas foram bem melhores no segundo semestre
do ano passado".
Segundo
a Ford, em comunicado, cerca de US$ 100 milhões serão relacionados à
depreciação acelerada e amortização de ativos fixos. "Os valores
remanescentes de aproximadamente US$ 360 milhões impactarão diretamente o caixa
e estão, em sua maioria, relacionados a compensações de funcionários,
concessionários e fornecedores".
A
medida vai gerar, conforme estimativa da Ford, redução em mais de 20% dos
custos referentes ao quadro de funcionários e à estrutura administrativa em
toda a América do Sul. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o
fechamento da fábrica levará à demissão de 2,8 mil trabalhadores.
Em
comunicado, a montadora norte-americana disse: "A decisão de deixar o
mercado de caminhões foi tomada após vários meses de busca por alternativas".
Prossegue:
"A manutenção do negócio teria exigido um volume expressivo de
investimentos para atender às necessidades do mercado e aos crescentes custos
com itens regulatórios sem, no entanto, apresentar um caminho viável para um
negócio lucrativo e sustentável".
O Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário