Iara Holanda tendo sua filha Isis. (Foto: Dani Campos) |
A
fotografia documental, desconhecida de muitas pessoas se encaixa, por vezes,
como um registro mais cultural e/ou artístico, diferente das fotografias de
aniversário, casamento ou ensaios que são as mais comuns e difundidas na nossa
região. Mesmo com essa característica tão pessoal que a fotografia documental
traz, no Cariri ela está começando a entrar na vida de algumas pessoas como
forma de serviço.
A
grande diferença da fotografia documental para as fotografias “normais” é que o
profissional não interfere no momento e no que está acontecendo na cena. Por
exemplo, em um casamento, muitas vezes os fotógrafos sugerem poses, mudam os
ornamentos de lugar, usam luzes artificiais, juntam pessoas e editam as fotos
em programas de computador. Já as fotos documentais registram o momento como
ele acontece, sem interferências ou uso de luzes, muito menos edições.
Nesse
contexto entra a fotografia documental de parto, que está começando a ganhar
espaço no Cariri. Com um ano nesse ramo na ragião, a fotógrafa Daniele
Campos, de 34 anos, conta que já fotografou “um pouco de cada área”, mas
não sentia empolgação total até achar a fotografia documental de parto,
“amor, expectativa, carinho e muita emoção”, segundo ela.
Nesse
ano de atuação, Dani Campos contabiliza cinco cesárias e um parto normal nos
hospitais da região. “Cesariana é algo programado, com dia e hora marcada.
Parto normal exige uma preparação maior. Por ser uma caixinha de
surpresas, fico 24 horas disponível para a gestante”, conta Dani,
completando “todos partos que fotografei me emocionei em ver o primeiro contato
com os pais”.
Ela
revela que o momento mais tocante no trabalho foi quando, no parto normal, a
parturiente com sua recém-nascida nos braços chorou e disse pra mãe que ela
havia conseguido, “me arrepiei e chorei”, conta Dani. Ela conta que já viu bebê
chorar dentro da barriga da mãe, enquanto o médico fazia o procedimento
cirúrgico. Dani também lembra de uma família unida, com uma filha mais velha que falava
que a recém-nascida era o pacotinho de amor dela e um parto onde a mãe era
obstetra e quem realizou sua cesária foi o marido e pai da criança, da mesma
profissão.
“Eu
fotografo a emoção do momento, sem manipulações de imagem ou photoshop… tudo é
natural”, conta ela, que usa apenas a luz natural do local para realizar seu
trabalho. Nesse ramo da profissão os fotógrafos ficam praticamente invisíveis
no momento, e o trabalho final entregue aos clientes chega a ser uma fidelidade
dos fatos.
Iara
Holanda, uma das mães que teve o registro documental do seu parto, conta que
esse é “sem duvidas, um sonho para nós que somos mães. O parto é um misto de
emoções e a fotógrafa documental consegue captar cada uma delas com
sensibilidade, descontração e delicadeza”. Site Badalo
Muito bacana, desejo sucesso! Eu faço fotogeafoto de nascimentos há onze anos. Tenho contabilizado mais de 900 registros. Acho que o profissional não deve se emocionar no momento do nascimento, mas claro, sem perder a sensibilidade. Eu particularmente me emociono em casa, quando vejo as fotos no computador. É um trabalho muito gratificante, e não podemos falhar em hipohipó alguma. Obrigado pelo espaço. Sucesso pra Dani!
ResponderExcluirMe desculpe pelos erros de digitação.
ResponderExcluir