sábado, 2 de março de 2019

Apenas 35% dos municípios do Ceará geraram empregos em janeiro


(FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES)
Apenas 35% dos municípios no Ceará - 65 dos 184 - terminaram o mês de janeiro com saldo positivo de geração de postos de trabalho formal. O dado, retirado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria Especial do Trabalho do Ministério da Economia, aponta que mais da metade (65%) das cidades no Estado fechou o primeiro mês de 2019 encerrando vagas de trabalho ou não abrindo nenhuma.

O levantamento aponta que o Ceará, ao todo, findou o mês de janeiro com 4.982 empregos formais a menos, impulsionado pelos resultados negativos do comércio, que fechou 2.921 vagas, da construção civil (1.031), e da indústria da transformação (619).

Contudo, Erle Mesquita, coordenador de estudos de análise de mercado do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), avalia que o resultado pode ser observado como normal para o começo ano. Segundo ele, nesse período, algumas empresas ajustam o quadro de funcionários depois das contratações temporárias para atender à alta da demanda durante as festas de fim de ano, como o Natal.

"Em primeiro lugar, esse é um resultado típico, pois janeiro é marcado pelo fim do ciclo de empregos de alguns setores, como comércio e indústria. Ano passado, tivemos um resultado atípico para janeiro, com uma alta de empregos. Foi segurado pela indústria, que vinha tendo resultados muito ruins em 2015 e 2016", explica o coordenador.

Mesquita ainda afirma que o resultado positivo apresentado em alguns municípios não podem ser encarados como uma movimentação geral, fator que se espalharia por uma região ou área maior do Estado. De acordo com o coordenador, o desempenho favorável é reflexo de questões pontuais, referentes a cada localidade, como Canindé, onde a construção civil foi determinante para encerrar o mês com um saldo de 105 empregos criados.

Esse panorama específico se repete em Viçosa, com a administração pública criando 132 postos de trabalho; em Horizonte, com a indústria (132); e em Eusébio, com os serviços (139). Apesar dos dados positivos nessas localidades, vários outros municípios apresentaram saldos negativos no período, como a Capital cearense, que fechou 3.080 postos de trabalho. Fortaleza encerrou o mês como a segunda capital brasileira que mais perdeu postos de trabalho no País.

"Alguns municípios acabam tendo resultados positivos por razões específicas, como a forte movimentação na região do Jaguaribe por conta da proximidade com Fortaleza e o Porto do Pecém", analisou Mesquita.

Maiores Geradores de empregos em Janeiro
1. Canindé – 176; 2. Viçosa do Ceará – 141; 3. Horizonte – 140; 4. Eusébio -139; 5. Morada Nova – 103; 6. Beberibe – 51; 7. Tianguá – 39; 8. Pacatuba – 28; 9. São Benedito – 20; e 10. São G. Do Amarante – 17     Diário do Nordeste

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