(Fotos:
Lícia Maia)
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À meia-noite deste sábado, 23,
para o domingo, 24, foi cortado, no Largo do Socorro, o tradicional bolo em
comemoração ao aniversário do Padre Cícero, que completaria 175 anos. Com mais
de 100 metros de comprimento, o bolo amontoou caririenses e romeiros em fila
desde cedo para garantirem um pedaço.
Não foi só o bolo que juntou a
população. O Caldo da Nair também é famoso na comemoração, sendo o 31° da
tradição. Foram feitos mil litros de caldo dos mais diversos sabores, o que
rendeu em torno de 5 mil copos. A mesma quantidade de pães também foi
distribuída.
Já a tradição do bolo para o
“Padim” começou em 1959, com Severino Alves, ganhando força e gerando, mais
tarde, a criação de uma semana de comemorações ao patriarca de Juazeiro do
Norte, que neste ano tem a 37° edição.
Para abrir a noite, houve
apresentação da quadrilha Nação Nordestina e shows de cantores. Bolos vistosos
distribuídos pela praça disputavam o título de melhor do evento no concurso de
bolos. Eliene Pereira, romeira de Recife, trouxe seu bolo em ônibus “de linha”
(os que fazem rota entre a cidade e o Cariri) em uma caixa de isopor. Além
de chegar intacto, ele ganhava elogios de quem parava para admirar.
Como cobertura, uma
representação da capela com o Padre, e ao lado uma réplica da capela do Horto.
“Não é para ganhar que eu trago o bolo, mas é porque eu acho a festa muito
bonita”, conta Eliene, que já vem pelo terceiro ano para a competição. A
romeira não esconde sua fé no “Padim”, que é quem lhe faz retornar em
várias épocas do ano ao Juazeiro.
Daniele Bastos, estudante de
gastronomia e integrante da Associação dos Chefes de Cozinha do Cariri, era uma
das juradas no concurso, e revela que o que mais conta não é o sabor ou a
técnica, e sim a criatividade, história da sua construção e a tradição. Site
Badalo
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