Paulo Guedes. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom)
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A Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados começa a analisar a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência (PEC
6/19) nesta terça-feira (26), ao ouvir o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Na quinta-feira (28), os deputados do colegiado vão debater o texto com
juristas.
Entre os convidados estão o secretário
especial adjunto de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal, a procuradora
Elida Graziane Pinto, do Ministério Público de Contas de São Paulo, e o
advogado Cezar Britto, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Também é esperado o anúncio do nome do
relator da reforma da Previdência dos trabalhadores civis pelo presidente da
CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR).
A indicação do relator estava prevista
para quinta-feira, mas foi adiada a pedido de líderes partidários que querem
esclarecimentos do governo sobre a reforma previdenciária dos
militares e a reestruturação da carreira das Forças Armadas.
Acordo
O projeto de lei dos militares foi
apresentado pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional
na quarta-feira (20). Na ocasião, Bolsonaro pediu aos parlamentares celeridade
na tramitação das reformas da Previdência dos militares e do sistema geral.
“Depois de uma reunião com líderes
partidários, ficou acordado que não haverá a indicação do relator até que o
governo, através do Ministério da Economia, apresente um esclarecimento sobre a
reforma e a reestruturação dos militares”, disse, em nota, a liderança do PSL,
partido de Bolsonaro.
O líder do PSL na Câmara dos Deputados,
Delegado Waldir (GO), disse que o projeto dos militares não traz “a igualdade
esperada” entre os militares e as demais carreiras.
“A previsão era economizar quase R$ 100
bilhões com os militares e economizou R$ 10 bilhões, 10% do que o governo
federal pretendia”, afirmou o deputado. “A gente quer saber o que o governo
quer na reforma da Previdência.”
A expectativa inicial do presidente da CCJ era
votar o parecer pela admissibilidade PEC da reforma da Previdência no início de
abril. A etapa inicial de tramitação da PEC se dá na CCJ.
Em seguida, a proposta é analisada em uma comissão
especial criada para debater o tema. O colegiado tem 40 sessões para discutir o
mérito da proposta. Por ser tratar de PEC, o texto precisa ser aprovado em dois
turnos por 308 deputados antes de seguir para o Senado. Agência Brasil
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