
No
documento, os chefes dos legislativos endossaram pautas de interesse regional,
entre elas a criação do Consórcio Nordeste. A iniciativa, surgida no último
Fórum de Governadores da região, realizado também no Maranhão, neste mês,
pretende estabelecer uma cooperação mútua entre os nove estados nordestinos nas
áreas da Segurança, Educação, Saúde e Infraestrutura. Com isso, licitações
poderão ser executadas de forma conjunta entre os estados, por exemplo, e as
compras devem ser barateadas.
Para
a ideia ser colocada em prática, cada Assembleia Legislativa estadual terá que
aprovar a criação do consórcio. Durante encontro na sexta, o presidente do
Legislativo cearense, deputado José Sarto (PDT), frisou que os estados
nordestinos assumiram esse compromisso. “A ideia é fazer simultaneamente nos
estados uma legislação que possa ajudar os entes consorciados, para que eles
possam trabalhar na área de intercâmbio ou na área comercial”.
Órgãos
regionais
Eles
defenderam também a preservação de programas e instituições de desenvolvimento
da Região, como a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a
Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), a Superintendência de
Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB). A
comitiva cearense, que contou ainda com os deputados Walter Cavalcante e
Danniel Oliveira, ambos do MDB, e Acrísio Sena (PT), pediu ainda a inclusão do
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).
É
o BNB, contudo, o órgão federal que mais gera preocupação na bancada
nordestina, diante do silêncio do Governo Bolsonaro sobre o futuro da
instituição com sede no Ceará. No mês passado, o ministro da Economia, Paulo
Guedes, sinalizou a possibilidade de propor a fusão do banco regional com o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Isso
desagradou parlamentares do Nordeste, que temem prejuízos a investimentos na
região. Ainda em fevereiro, deputados federais do Ceará chegaram a ter uma
reunião com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e questionaram o auxiliar
do Palácio do Planalto quanto ao futuro do BNB.
Após
a reunião, o deputado Moses Rodrigues (MDB) disse ao Diário do Nordeste que,
segundo Lorenzoni, ainda não havia “nada definido” no Governo quanto ao banco.
Nas redes sociais, o deputado Roberto Pessoa (PSDB) afirmou que o ministro da
Casa Civil “não ouviu falar disso” e classificou informações sobre eventual
fusão do BNB ao BNDES como “fake news”. Desde então, nenhuma definição foi
anunciada. Diário do Nordeste
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