(Foto: Isaac Macedo) |
Mesmo
com as fortes chuvas registradas na semana passada na Região do Cariri, a média
do mês de março está abaixo do esperado até esta segunda-feira (25), de acordo
com o meteorologista Danuzio Souza. Na última sexta-feira, choveu 160
milímetros em Santana do Cariri e, na última segunda-feira (18), 120 milímetros
na cidade do Crato.
“A
quantidade de chuva se encontra abaixo da quantidade prevista para a Região do
Cariri. De certa forma, não é uma chuva que vá trazer uma recarga para os
reservatórios e para a agricultura de uma maneira geral. Ela é boa e ao mesmo
tempo não porque é uma chuva passageira e vem de uma vez”, explicou Souza.
Ainda
de acordo com o meteorologista, os registros de chuvas não foram suficientes
para acumular água. Ele destacou que, nesta segunda-feira, as cidades de
Juazeiro do Norte e Barbalha ainda não atingiram a média do mês e estão 34%
abaixo do esperado. Apenas o município do Crato atingiu um volume próximo do
esperado.
Danuzio
Souza explicou que ainda existe previsão de chuva durante este mês e há chances
da média melhorar um pouco.
Os
dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) confirmam
o diagnóstico do meteorologista. Até esta segunda o acumulado médio de chuvas
no Cariri em março é de 165,5 milímetros, enquanto o esperado para o mês é de
216,3 mm. É um desvio negativo de 23,5%. Contudo, a situação pode melhorar se
continuar chovendo até o fim deste mês.
A
tendência de precipitações abaixo da média, entretanto, vem se repetindo no
Cariri desde o início do ano. Conforme a Funceme, era esperado um acumulado de
147,7 mm em janeiro, mas só houve 109,8 (-25,7%). Em fevereiro, o primeiro mês
da quadra chuvosa, registrou 107,7, quando a média histórica era de 157,7 mm,
31,7% a menos que o esperado.
Transtornos
Na
última sexta-feira (22), uma chuva de 160 mm destruiu uma estrada que
dá acesso à zona rural da cidade Santana do Cariri. Animais foram
arrastados durante a correnteza e muitos não sobreviveram.
No
Crato, há uma semana, um homem morreu após tentar atravessar o canal a
cavalo e ser arrastado pela correnteza do Rio Batateiras. Entre a segunda
(18) e a terça-feira (19), o acumulado na cidade foi de 120 mm. Carros foram
arrastados e um ônibus ficou preso em um buraco. Devido à enchente, famílias
precisaram dormir no meio da rua após terem as casas inundadas. G1
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