Um vendaval
político atingiu o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) após a exoneração em massa de superintendentes
regionais, publicada no Diário Oficial da União na quinta (28), ensejando
questionamentos sobre o futuro do órgão federal. O ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles, decidiu manter no cargo apenas dois dos 27 superintendentes.
Entre os nomes retirados dos cargos está o de Herbest Pessoa Lobo, que ocupava
a posição no Ceará.
Segundo Salles,
a troca abrupta se deu pela necessidade de ter uma equipe alinhada com o novo
Governo, já que o cargo de superintendente do Ibama é a função mais importante
do Ministério em cada estado. "Todos que vão substituir serão
entrevistados por nós para escolhermos com bastante cuidado. E, com toda
certeza, precisam ter um alinhamento conosco. São cargos de confiança e que,
portanto, precisam ser escolhidos pela atual gestão".
O ministro
afirma que os dois superintendentes mantidos no cargo - Cláudia Costa, do Rio
Grande do Sul, e Roberto Gonçalves, do Mato Grosso do Sul - "a princípio
têm certo alinhamento". Mesmo assim, terão que passar por uma reciclagem.
"Vamos chamá-los para vir a Brasília. Vamos ver se nossa impressão sobre
eles está correta e, sendo o caso, se eles continuam", revelou.
Durante a
campanha, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a pretensão de extinguir o
Ministério do Meio Ambiente, mas mudou de ideia. Salles, nomeado para a Pasta,
foi orientado a simplificar normas ambientais, para que o órgão deixasse de
"atrapalhar" quem produz.
O ministro
pretende nomear todos os novos superintendentes até o fim do mês. Para isso,
diz estar colhendo indicações de parlamentares, governadores e sugestões
internas do próprio Ministério. "Pedimos a todos que saibam que estão
dando apenas sugestões. Ninguém estará dando cargo para ninguém",
ressalta. "As sugestões devem contemplar dois aspectos fundamentais: que
seja uma pessoa de conduta exemplar e que tenha conhecimento da administração e
dos temas do meio ambiente", ressaltou.
Uma equipe do
primeiro escalão do Ministério fará as entrevistas e a avaliação dos currículos
dos cotados para o cargo, segundo Salles. Diário
do Nordeste
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