(Foto: Honório Barbosa) |
A desigualdade salarial entre
homens e mulheres caiu entre os anos de 2012 e 2018, mas elas seguem ganhando
menos que os homens no País. De acordo com levantamento divulgado nesta
sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com
base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), as
mulheres ganham 20,5% menos que eles. Em números absolutos, a diferença é de R$
529.
De
acordo com a pesquisa, no quarto trimestre de 2018, levando em consideração as
pessoas com idade entre 25 e 49
anos, os homens tinham rendimento médio mensal de R$ 2.579 e as
mulheres recebiam, em média, por mês, R$ 2.050.
R$
2.050 é o rendimento médio mensal das mulheres, 20,5% abaixo do que os homens
recebem, de acordo com o IBGE
Em
2016 o IBGE constatou a menor diferença salarial entre homens e mulheres, de R$ 471,10. Elas ganhavam
19,2% menos que os homens.
Conforme
o Instituto, a diferença
de rendimentos está associada ao menor valor da hora
trabalhada recebido pelas mulheres (elas recebem R$ 13 enquanto os homens
recebem R$ 14,20). Elas também trabalham menos horas (37h54min) que os homens
(42h24min), mas de acordo com a analista da Coordenação de Trabalho e
Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, a jornada não reflete o esforço da mulher
na rotina.
"A
menor jornada da mulher no mercado de trabalho está associada às horas
dedicadas a outras atividades, como os afazeres domésticos e os cuidados com
pessoas", detalha Adriana.
Mulher
negra
De
acordo com o IBGE, a mulher branca recebe, em média, 76,2% do rendimento médio
de um homem branco. Já a mulher de cor parda ou preta recebe 80,1% do homem
pardo ou preto. "A menor desigualdade entre rendimentos de pretos e pardos pode estar
relacionada ao fato de essa população ter maior participação em ocupações de
rendimentos mais baixos, muitas vezes, baseadas em pisco mínimo. Esse
comportamento ocorreu em todos os anos, de 2012 até 2018". Diário do Nordeste
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