Vice-presidente do TJCE, desembargadora Nailde Pinheiro é
a mulher
que ocupa o cargo mais alto no Judiciário. (Foto: Helene Santos)
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Apesar
de terem conquistado mais espaço, a participação das mulheres na política e em
cargos privados sêniores ainda é inferior à masculina. As conclusões são de um
relatório do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), que traçou um
panorama pouco animador da igualdade de gêneros em 149 países. O Ceará não foge
à regra nacional e mundial mas, em um segmento, elas ocupam um nível de
participação superior ao dos homens: no Judiciário.
No
âmbito deste Poder, elas representam mais da metade (52,57%) da força de
trabalho, considerando todos os níveis de ocupação. Não por acaso, o Tribunal
de Justiça do Ceará (TJCE) ocupa a segunda posição do Nordeste em número de
desembargadoras - 15 de um total de 43 cargos -, o que representa 34,88% do
total, atrás apenas do Estado da Bahia, que tem 45% de mulheres ocupando o
maior cargo da magistratura estadual.
Considerando
a Justiça de primeiro grau, esse percentual é de 34,70% do total dos 415 cargos
de magistrado, o que equivale a 144 juízas atuando no Ceará. Enquanto isso, no
Poder Legislativo, dos 46 cargos de deputado estadual, apenas seis são
preenchidos por mulheres, representando 13,04% do total. O mesmo se vê nas
gestões municipais no Estado como um todo: apenas 10,86% das prefeituras
cearenses são administradas por mulheres.
O
Judiciário cearense teve mulheres no comando em duas ocasiões. Em 1999, a
desembargadora Águeda Passos foi a primeira mulher a assumir a presidência do
Tribunal de Justiça, já tendo assumido antes a vice-presidência do TJCE e a
diretoria do Fórum Clóvis Beviláqua. Diário do Nordeste
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