(Foto: Honório Barbosa) |
Domingo
de Carnaval torna-se amargo para os piscicultores da bacia do Açude Orós, o
segundo maior do Ceará. Na manhã de ontem, peixes de projetos de criação
intensiva em gaiolas morreram. O restante que sobrou os produtores tentaram
retirar dos tanques-redes para evitar que morressem.
A
mortalidade alcançou todo o reservatório.
“É
uma coisa triste, não tive nem coragem de fazer um vídeo, tirar uma foto”,
disse o piscicultor, Francisco Araújo.
Nos
últimos anos vem ocorrendo mortandade de pescado, tilápia, criados em gaiolas
nos açudes Orós e Castanhão.
Os
dois reservatórios apresentam baixo volume de água. O Orós acumula o menor
volume de sua história, 5,8%. A água está esverdeada. Os especialista indicam
que ocorre redução dos níveis de oxigeno na água a partir de um processo de
inversão térmica e gases resultantes de vegetação e de restos de ração sobem à
superfície. O açude Castanhão, o maior do Ceará, está com 3,5%.
No
Orós e no Castanhão praticamente os projetos de piscicultura chegaram ao fim.
Havia
uma expectativa de venda dos últimos lotes no período da Quaresma e da Semana
Santa, mas agora com nesse episódio de mortandade a expectativa dos produtores
ficou frustrada. “Com essa mortandade, o prejuízo aumentou ainda mais para nós
produtores”, disse o piscicultor, Luís Rodrigues. Diário Centro-Sul
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