segunda-feira, 25 de março de 2019

Sindicatos e partidos vão à Justiça contra contribuição via boleto


Às vésperas de os trabalhadores escolherem se querem ou não pagar o imposto que financia os sindicatos, o governo editou, em 1º de março, uma Medida Provisória (MP) mudando regras para fazer a contribuição. Enquanto isso, sindicatos e partidos travam uma batalha no Judiciário para derrubar a medida do presidente Jair Bolsonaro que determina o pagamento da contribuição sindical apenas por boleto.

No Supremo Tribunal Federal (STF), há quatro ações que contestam a constitucionalidade da MP, que proibiu o desconto da taxa diretamente nos salários. Mas, o prazo é curto. A contribuição sindical é paga normalmente em abril, referente ao mês de março. Por isso, sindicatos acionaram também a Justiça Federal em estados e alguns conseguiram suspender os efeitos da medida provisória.

A contribuição sindical passou a ser optativa após o Congresso aprovar a reforma trabalhista do ex-presidente Michel Temer.

Ao alterar as regras, o governo quer que o empregado informe expressamente, e por escrito, o desejo de ajudar no financiamentoda atividade sindical e, depois de receber o boleto, faça o pagamento. Além disso, Bolsonaro impede que assembleias ou convenções coletivas determinem a obrigatoriedade de contribuição sindical aos trabalhadores.

O caso ainda não foi julgado pelo STF. Deputados ligados a entidades sindicais pressionam para que o Supremo julgue as ações o mais cedo possível. O PDT, partido de oposição ao governo, é autor de um dos processos para derrubar a MP.   Folhapress

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