(Foto: Fábio Lima) |
Transmitida
pela urina de roedores, principalmente ratos, a leptospirose já teve nove casos
confirmados até o dia 6 de abril. Do total, sete foram em Fortaleza e dois em
Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Conforme a atualização
semanal das Doenças de Notificação Compulsória da Secretaria da Saúde do Estado
(Sesa), até a Semana Epidemiológica 14 uma única morte por leptospirose no
Ceará foi registrada na Capital. No entanto, outra morte teria sido registrada,
no bairro Lagamar. O segundo óbito por leptospirose foi confirmado pelo
Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH).
No
período chuvoso, os esgotos e bueiros contaminados com urina de rato entram em
contato com as águas das chuvas durante as enchentes e espalham a bactéria no
ambiente, aumentando a incidência de casos. Os sintomas podem ser semelhantes
aos de outras doenças, como zika e chikungunya: febre, dor muscular, vômito,
diarreia e dor de cabeça. Mas existe uma tríade mais característica que é a dor
de cabeça, febre e dor muscular nas panturrilhas. Nos casos mais graves, a
doença pode apresentar hemorragia, insuficiência renal e respiratória, além de
levar ao óbito. Em 2018, foram 47 confirmados e dez óbitos em razão da doença
no Ceará.
Bergson
Moura, médico veterinário e técnico do Núcleo de Controle de Vetores da Sesa,
destaca que as pessoas apresentam os sintomas e entrarem em contato com água da
chuva possivelmente contaminada nos últimos 30 dias, devem procurar uma unidade
básica de sáude e relatar à exposição.
"A
doença causada por uma bactéria do tipo Leptospira, que é eliminada pela urina
de ratos, ratazanas e camundongos. Outros animais como bovinos, cães e gatos,
se contaminados, também podem transmitir a doença ao homem tanto quanto
ratos", explica.
Ele
frisa que a responsabilidade pela prevenção é da população e do governo.
"Com relação ao governo, é preciso saneamento básico, com água encanada e
potável, coleta de lixo e esgoto, além de moradia em condições dignas e combate
aos ratos, limpando bueiros córregos e rios". Por outro lado, a população
"deve se responsabilizar pela limpeza de suas casas, dos quintais e de
suas ruas, retirando o lixo e colocando em sacos plásticos, armazenando o lixo
dentro de cestos ou latões tampados, evitando o contato de insetos e moscas, além
de cuidar da limpeza da caixa d'água e esgotos".
Atualpa
Soares, gerente da Célula de Vigilância Ambiental e de Riscos Biológicos da
Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS), afirma que os dados deste ano
estão próximos do ano passado. "Nada que possa chamar a atenção",
diz.
Sintomas:
vômitos,
febre, erupções cutâneas, dor de cabeça, nas articulações e ao redor dos olhos,
dor na panturrilha, pequenas manchas vermelhas na pele. Em casos mais graves,
pele e olhos amarelados, sangramento e alterações na urina.
Como
evitar:
>
Embrulhar lixo em sacos fechados e longe do chão;
>
Não deixar exposto resto de alimento ou ração de animais domésticos;
>
Evitar amontoado de entulhos e objetos;
>
Evitar o contato direto com a água da chuva ou a lama.
>
Não jogar lixo nos rios, córregos, praias e bueiros. O Povo
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