Tema
de discussões no governo federal desde 2017, o fim do horário de verão será analisado
por Jair
Bolsonaro (PSL) na próxima semana. De acordo com o
Ministério de Minas e Energia, o presidente solicitou um estudo para avaliar a
manutenção da mudança do horário entre os meses de novembro e fevereiro.
Apesar
de não comentar qual será a recomendação do ministro Bento Albuquerque,
responsável pela elaboração do relatório, a pasta afirma que o documento será
entregue até o fim da próxima semana. Por se tratar de um decreto, a extinção
do horário de verão dependerá de decisão do presidente.
O
horário de verão foi adotado pela primeira vez no país no fim de 1931, com a
finalidade de economizar energia elétrica nos meses mais quentes do ano. Ele
foi aplicado sem
interrupção nos últimos 35 anos.
Pesquisas
mostram, no entanto, que a eficiência na economia
de energia vem caindo ano após ano. Um estudo divulgado
pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), considerou nula a economia de
energia durante o horário de verão 2017/2018.
De
acordo com o relatório, a redução apresentada em análises durante o horário de
verão também foram verificadas em outros períodos, antes mesmo dos ajustes no
relógio.
Segundo
alguns especialistas, a queda dos índices de economia de energia acontecem
pela mudança
de comportamento do brasileiro. As pessoas atualmente têm
jornadas de trabalhos diferentes, saem de casa mais tarde e utilizam mais o ar
condicionado durante o dia, quando as temperaturas estão elevadas.
No
verão 2016/2017, a economia decorrente da redução do uso de usinas foi de R$ 159,5 milhões. No mesmo
período do ano anterior (2015/2016), foram economizados R$ 162 milhões.
O
ex-presidente Michel
Temer (MDB) chegou a sinalizar intenção de descontinuar o
horário de verão, mas, em meio à tensão de um momento em que tentava barrar
denúncias contra ele por obstrução judicial e organização criminosa, foi
orientado a desistir da mudança.
Assim
como no Brasil, o fim de alterações do horário durante o verão também está na
pauta de discussão em outros países. Exemplo disso foi a aprovação pelo Parlamento Europeu da
decisão de não realizar o horário de verão a partir de 2021. Diário do Nordeste
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