A intenção de pautar a proposta na próxima semana foi
confirmada por José Sarto. (Foto: José Leomar)
|
Enfrentando
processos de reestruturação e com possibilidade de serem privatizadas, as
estatais federais não dependentes do Tesouro Nacional mais do que duplicaram os
lucros em 2018. Segundo relatório divulgado hoje (30) pelo Ministério da
Economia, os ganhos dessas empresas passaram de R$ 28,334 bilhões em 2017 para
R$ 69,974 bilhões em 2018, alta de 147%.
Cinco
conglomerados – Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Eletrobras e Petrobras – concentram
96% dos ativos totais e 93% do patrimônio líquido das estatais federais. Entre
os grupos analisados, o maior crescimento foi verificado no Grupo Petrobras,
que saiu de um lucro de R$ 377 milhões em 2017 para lucro de R$ 26,7 bilhões em
2018, com aumento de 6.981,7%.
No
caso da Petrobras, o aumento ocorreu porque, em 2017, a companhia fechou acordo
para encerrar processos judiciais movidos por investidores nos Estados Unidos.
O acerto custou R$ 11,2 bilhões e impactou o resultado da petroleira no ano
retrasado.
Outro
destaque foi o grupo Eletrobras, que passou de prejuízo de R$ 1,726 bilhão em
2017 para lucro de R$ 13,348 bilhões no ano passado. Entre os cinco grupos
pesquisados, somente a Caixa Econômica teve redução no lucro, de R$ 12,488
bilhões em 2017 para R$ 10,355 em 2018.
Enxugamento
Em
relação à política de pessoal das estatais, o enxugamento do quatro continua
sendo o principal destaque. Em 2018, as estatais federais reduziram o efetivo
em 13.434 empregados. As principais reduções ocorreram na Caixa Econômica
Federal (2.728 empregados), nos Correios (2.648) e no Banco do Brasil (2.195
empregados).
Desde
dezembro de 2015, as estatais federais dispensaram 57 mil empregados, com
redução de 10,38% do quadro total. A maior parte do enxugamento (44 mil) provém
de programas de desligamento voluntário, que concentraram 77,79% das dispensas.
Segundo o Ministério da Economia, os planos de desligamento resultaram na
economia de R$ 6,93 bilhões na folha de pagamento.
A
economia nas despesas totais de pessoal, que incluem outros gastos além da
folha, caiu R$ 2,46 bilhões de 2015 a 2018, com retração de 2,56% nas empresas
não dependentes do Tesouro. Ao ajustar os valores pela inflação oficial pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a redução foi ainda mais
significativa, chegando a 14,67%. Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário