quarta-feira, 3 de abril de 2019

Neto de Lula morreu de infecção generalizada pela bactéria Staphylococcus aureus


O menino Arthur Araújo Lula da Silva, neto do ex-presidente Lula, morreu por sepse (infecção generalizada) originada pela bactéria Staphylococcus aureus, muito presente em infecções de pele, ou mesmo contusões, que podem ser a porta de entrada para o organismo.

A reportagem confirmou a informação com quatro infectologistas que tiveram conhecimento do caso e com uma fonte próxima ao ex-presidente Lula, mas que preferem se manter no anonimato em respeito à família, que não fala sobre o assunto.

Nesta segunda (1), a Prefeitura de Santo André confirmou que Arthur não havia morrido de meningite meningogócica, como havia sido previamente informado pelo hospital à época. O garoto de sete anos morreu no dia 1º de março no Hospital Bartira, da rede D'Or.

De acordo com a nota da prefeitura, logo após a morte do menino a Secretaria de Saúde local encaminhou amostras coletadas no hospital para análise e confirmação do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. 

Ainda segundo a prefeitura, os exames descartaram "meningite, meningite meningocócica e meningococcemia". "Todos os procedimentos de proteção e profilaxia dos comunicantes foram realizados seguindo os protocolos do Ministério da Saúde", diz a nota da prefeitura.

O hospital ainda não se pronunciou sobre o caso nem sobre a real causa da morte. A família também não fala sobre o assunto.

A informação de que a morte de Arthur foi por meningite meningocócica levou a uma corrida aos postos de vacinação e a críticas ao SUS que não dispõe de todas as vacinas que imunizam contra o agente causador da meningite.

O que é a bactéria Staphylococcus aureus?
Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM) está presente em vários locais Science Photo Library Bactérias ao microscópio. O risco de uma infecção pela bactéria levar à morte pessoas saudáveis, como menino Arthur, é muito baixo, mas pode acontecer. Depende de uma série de fatores, tanto das características da bactéria quanto do paciente e sua suscetibilidade imunológica.

Segundo os médicos, nesses casos é preciso investigar primeiro qual foi a porta de entrada da bactéria (um machucado na pele? o nariz?) na corrente sanguínea e entender por que ela se disseminou tão rapidamente.

Essas situações ocorrem mais frequentemente com pessoas internadas, usando sondas e cateteres ou com aquelas que têm problemas de imunocompetência, o que leva o organismo a não reagir ou combater adequadamente os microrganismos.

Não há vacina que previna a infecção pela bactéria e, segundo os médicos, não há motivo para pânico. Em geral, é possível prevenir a contaminação com simples cuidados básicos de higiene, principalmente se houver machucados na pele: lavando as mãos e o local do ferimento.     Diário do Nordeste

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