(Foto: Marcello Casal jr)
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Relatório
de entidades ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado hoje
(29), alerta que o uso excessivo de medicamentos e os consequentes casos de
resistência antimicrobiana podem causar a morte de até 10 milhões de pessoas
todos os anos até 2050.
O
prejuízo à economia global, segundo o documento, pode ser tão catastrófico
quanto a crise financeira que assolou o mundo entre 2008 e 2009. A estimativa é
que, até 2030, a resistência antimicrobiana leve cerca de 24 milhões de pessoas
à extrema pobreza.
Atualmente,
pelo menos 700 mil pessoas morrem todos os anos devido a doenças resistentes a
medicamentos – incluindo 230 mil por causa da chamada tuberculose
multirresistente.
“Mais
e mais doenças comuns, incluindo infecções do trato respiratório, infecções
sexualmente transmissíveis e infecções do trato urinário estão se tornando
intratáveis”, destacou a Organização Mundial da Saúde (OMS) por meio de
comunicado.
“O
mundo já está sentindo as consequências econômicas e na saúde à medida em que
medicamentos cruciais se tornam ineficazes. Sem o investimento dos países em
todas as faixas de renda, as futuras gerações terão de enfrentar impactos
desastrosos da resistência antimicrobiana descontrolada”, completou a entidade.
O
relatório recomenda, entre outras medidas, priorizar planos de ação nacionais
para ampliar os esforços de financiamento e capacitação; implementar sistemas
regulatórios mais fortes e de apoio a programas de conscientização para o uso
responsável de antimicrobianos e investir em pesquisa e no desenvolvimento de
novas tecnologia,s para combater a resistência antimicrobiana. Agência Brasil
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