Pacientes
com leucemia
do Hospital Universitário Walter Cantídio denunciam estar
há quase um mês sem um dos medicamentos essenciais para o seu tratamento,
o Mesilato de Imatinibe D 400
mg. Na unidade de saúde, a informação dada é de que não há
previsão de quando o remédio estará disponível.
O
representante comercial Francisco Itamar Correia, 70, é um dos pacientes
desassistidos e teme ter seu tratamento prejudicado. Diagnósticado há mais de
doze anos, mas atualmente em condição estável, ele precisa da fórmula para
manter a doença controlada,. "Preciso tomar um comprimido por dia. Minha
médica disse que eu não posso deixar de tomar, pois corre o risco do
câncer voltar", afirma.
No
entanto, a última caixa recebida pelo paciente, segundo diz, foi no mês de
março. "No dia 1º de abril fui pegar uma nova caixa e não tinha mais. Eu
ligo sempre mas eles não têm previsão", conta.
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) esclarece
que o repasse do Mesilatode Imatinibe 400mg é feito pelo Ministério da Saúde
(MS), mas realizado pela última vez no dia 28 de janeiro deste ano. Segundo a
pasta, o total enviado equivale a apenas 30% do total de atendimento do Estado,
o suficiente para atender um mês.
A
Sesa comunica, no entanto, já ter solicitado prioridade na entrega do
Imatinibe, ratificando que, assim que ocorrer o repasse, previsto para a
primeira semana de maio, será providenciada a distribuição. Atualmente, 380
pacientes recebem a medicação pelo sistema público de saúde no Estado.
O
medicamento é distribuído para as unidades e centros de oncologia do Ceará,
para pacientes contemplados no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de
Leucemia Mielóde Crônica, Leucemia Linfóide Aguda (PH +), GIST e Síndrome
Hipereosinofílica. Diário do
Nordeste
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