No Compaj, mortes
de presos foram causadas por
perfurações com armas improvisadas e asfixia
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O
agravamento da crise no sistema prisional do Amazonas é o novo desafio para o
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Um massacre em cadeias do
maior Estado do País em extensão territorial foi confirmado, nesta
segunda-feira, pelas autoridades. Foram 40 detentos assassinados em quatro
presídios da capital Manaus. As mortes ocorrem menos de 24 horas depois de
outros 15 morrerem no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no último
domingo (26).
O
ministro anunciou que enviará tropas da Força-Tarefa de Intervenção
Penitenciária (FTIP) para reforçar a estrutura de segurança do Compaj. Segundo
a assessoria do ministro, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) espera
apenas a formalização do pedido do Governo do Amazonas para mandar o reforço.
O
envio das tropas da Força-Tarefa foi acertado em conversa entre Moro e o
governador Wilson Lima (PSC).
As
mortes desta segunda ocorreram no CDPM 1 (Centro de Detenção Provisória
Masculina 1), no Ipat (Instituto Penal Antônio Trindade), na UPP (Unidade
Prisional do Puraquequara) e também no Compaj.
Foram
25 mortos no Ipat, quatro no Compaj, cinco no CDPM 1 e outros seis na UPP.
Entre os mortos, há presos envolvidos em crimes como homicídio, latrocínio e
roubo.
Entre
as vítimas, foi identificado Fábio Queiroz Ferreira, 39 anos, encontrado morto
dentro da própria cela por agentes que o conduziriam para audiência no Fórum de
Justiça. Ele cumpria pena por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas
no CDPM1, na mesma estrada vicinal que dá acesso ao Compaj.
Após
as mortes, o Governo estadual reforçou a segurança em todos os presídios. O
GIP, grupo ligado ao Batalhão de Choque da Polícia Militar, passou a revistar e
recontar presos em todas as unidades prisionais. Segundo a Secretaria de Administração
Penitenciária do Amazonas, "a situação está controlada e todos os presos
estão na tranca".
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