segunda-feira, 13 de maio de 2019

Bacia do Salgado tem aporte superior a 44 milhões de m³

Açude Rosário em Lavras da Mangabeira.
(Foto: Honório Barbosa)

O mês de maio anuncia o final da quadra chuvosa e, com ele, os caririenses se aproximam do saldo do tão aguardado período, que deve seguir com chuvas irregulares. Desde o início do ano até a primeira semana de maio, os 15 açudes que integram a Bacia do Salgado tiveram aporte superior a 44 milhões de m3 , resultante das chuvas. Atualmente, os reservatórios contêm volume de cerca de 110.170.000 m3 . As informações são do documento “Aporte de água aos açudes neste ano”, da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh). 

Conforme informou Alberto Medeiros, gerente regional da Cogerh, a avaliação da recarga dos reservatórios é vista como positiva. A título de exemplo, ele cita os açudes Lima Campos (Icó), Junco (Granjeiro) e Jenipapeiro II (Baixio) como alguns dos que obtiveram resultados pouco consideráveis. “A gente teve um ganho de água, do início de janeiro até hoje, mas muito pequeno – diria que até pouco representativo. O que teve a maior recarga foi o açude Rosário, em Lavras da Mangabeira, que hoje está com quase 80% de sua capacidade”, citou. 

De acordo com a publicação da Cogerh, apenas o Açude Gomes, em Mauriti, está atualmente com 100% de sua capacidade. Fora este e o Açude Rosário, todos os outros encontram-se com volume atual inferior à metade de suas capacidades. A situação mais crítica é do Açude Lima Campos, de Icó, que está com apenas 5,89% de volume. Logo em seguida está o Açude Manoel Balbino, de Juazeiro do Norte, com 7,79% de volume. Segundo Alberto, no Manoel Balbino, a recarga foi praticamente zero: “o aporte foi muito pequeno em relação ao que a gente vem precisando desse reservatório para atender à cidade de Caririaçu”. 

No Crajubar, apesar de as chuvas terem sido consideradas em baixa quantidade, tanto no Crato como em Barbalha ficaram acima da média. Diferentemente de Juazeiro do Norte. Ao todo, as chuvas relativamente leves, segundo o gerente da Cogerh, são produtivas para a região, já que a água, quanto mais leve, mais tende a infiltrar no aquífero e acumular na reserva de abastecimento humano. “Houve as chuvas mais pesadas, em Crato principalmente, que causaram enchentes. Essas águas todas correm em direção ao Rio Salgado e, consequentemente, ao Açude Castanhão”, pontuou Alberto. 

De acordo com Meiry Sakamoto, meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a previsão para o trimestre março, abril e maio continua indicando a tendência que o acumulado no período fique em torno da média para o Ceará como um todo. Assim como dito em janeiro, em fevereiro foi reafirmado que a distribuição das chuvas seria bastante irregular entre as regiões.    Jornal do Cariri

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