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Açude Rosário em Lavras da Mangabeira. (Foto: Honório Barbosa) |
O
mês de maio anuncia o final da quadra chuvosa e, com ele, os caririenses se
aproximam do saldo do tão aguardado período, que deve seguir com chuvas
irregulares. Desde o início do ano até a primeira semana de maio, os 15 açudes
que integram a Bacia do Salgado tiveram aporte superior a 44 milhões de m3 ,
resultante das chuvas. Atualmente, os reservatórios contêm volume de cerca de
110.170.000 m3 . As informações são do documento “Aporte de água aos açudes
neste ano”, da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh).
Conforme
informou Alberto Medeiros, gerente regional da Cogerh, a avaliação da recarga
dos reservatórios é vista como positiva. A título de exemplo, ele cita os
açudes Lima Campos (Icó), Junco (Granjeiro) e Jenipapeiro II (Baixio) como
alguns dos que obtiveram resultados pouco consideráveis. “A gente teve um ganho
de água, do início de janeiro até hoje, mas muito pequeno – diria que até pouco
representativo. O que teve a maior recarga foi o açude Rosário, em Lavras da
Mangabeira, que hoje está com quase 80% de sua capacidade”, citou.
De
acordo com a publicação da Cogerh, apenas o Açude Gomes, em Mauriti, está
atualmente com 100% de sua capacidade. Fora este e o Açude Rosário, todos os
outros encontram-se com volume atual inferior à metade de suas capacidades. A
situação mais crítica é do Açude Lima Campos, de Icó, que está com apenas 5,89%
de volume. Logo em seguida está o Açude Manoel Balbino, de Juazeiro do Norte,
com 7,79% de volume. Segundo Alberto, no Manoel Balbino, a recarga foi
praticamente zero: “o aporte foi muito pequeno em relação ao que a gente vem
precisando desse reservatório para atender à cidade de Caririaçu”.
No
Crajubar, apesar de as chuvas terem sido consideradas em baixa quantidade,
tanto no Crato como em Barbalha ficaram acima da média. Diferentemente de
Juazeiro do Norte. Ao todo, as chuvas relativamente leves, segundo o gerente da
Cogerh, são produtivas para a região, já que a água, quanto mais leve, mais
tende a infiltrar no aquífero e acumular na reserva de abastecimento humano. “Houve
as chuvas mais pesadas, em Crato principalmente, que causaram enchentes. Essas
águas todas correm em direção ao Rio Salgado e, consequentemente, ao Açude
Castanhão”, pontuou Alberto.
De
acordo com Meiry Sakamoto, meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia
e Recursos Hídricos (Funceme), a previsão para o trimestre março, abril e maio
continua indicando a tendência que o acumulado no período fique em torno da
média para o Ceará como um todo. Assim como dito em janeiro, em fevereiro foi
reafirmado que a distribuição das chuvas seria bastante irregular entre as
regiões. Jornal do Cariri
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