(Foto: Marcelo Camargo)
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O
Ministério da Economia estuda liberar dinheiro de contas ativas do FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço) para impulsionar a economia brasileira, afirmou o ministro
Paulo Guedes nesta quinta-feira (30).
No
final de 2016, o governo de Michel Temer decidiu liberar
recursos de contas inativas do FGTS para injetar fôlego na economia,
em recessão. Agora, a ideia de Guedes é permitir também acesso ao dinheiro de
contas ativas, vinculadas a trabalhadores com contratos ativos.
"Vamos
liberar PIS/Pasep, FGTS, assim que saírem as reformas", afirmou o
ministro. Questionado sobre se a liberação incluiria contas ativas, o ministro
confirmou. "Inativas e ativas. Cada equipe está examinando isso. Nós não
batemos o martelo ainda, mas todas as equipes estão examinando isso".
Para
Guedes, são medidas que ajudam a economia, mas que têm que ser adotadas após a
aprovação da reforma da Previdência, com a qual o governo busca equilibrar as
contas públicas.
"Ajuda
[a economia]. O problema é que se você abre essas torneiras sem as mudanças
fundamentais, é o voo da galinha. Você voa três, quatro meses porque liberou,
depois afunda tudo outra vez. Mas na hora que você fizer as reformas
fundamentais, e aí sim você libera isso, é como se fosse a chupeta de bateria.
A bateria está parada, você dá a chupeta, mas tem a certeza de que o carro vai andar".
Injeção
de R$ 10 bilhões
Com
a liberação do PIS/Pasep, poderiam ser injetados R$ 10 bilhões na economia. No
primeiro trimestre de 2019, o PIB (Produto Interno Bruto) contraiu 0,2% ante o
4º trimestre de 2018. O resultado é o primeiro recuo após dois anos (oito
trimestres) seguidos de recuperação da atividade.
Guedes
afirmou que os anúncios devem ser feitos nas próximas "três, quatro
semanas". Ele disse que a liberação dos recursos de PIS/Pasep está
"pronta para disparar". "Gostaríamos de disparar hoje, mas aí
fomos examinar também o FGTS, que atrasou um pouco o PIS/Pasep, para soltar
junto".
O
ministro não descartou que o governo faça um esforço para ajudar os donos de
contas inativas a buscarem o dinheiro. Em 2017, as retiradas das contas
inativas do FGTS somaram
R$ 44 bilhões. Folhapress
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