(Fotos: Valéria Alves) |
O
motorista, um homem de 33 anos identificado como Cícero Jhonatan Matias de
Souza, ficou ferido nesta tarde quando fazia a retirada dos escombros da
fábrica e das casas atingidas pela primeira explosão, ocorrida durante a manhã.
Ele foi socorrido consciente pelo Samu.
Na
noite desta quinta, dois dos feridos na explosão foram levados de helicóptero
para o hospital Instituto Doutor José Frota (IJF). Um deles é Rafaela de
Oliveira, 50 anos, que trabalhava no local, e o outro é o motorista da
retroescavadeira, Cícero Jhonatan Matias de Souza.
O
Corpo de Bombeiros precisou conter as chamas na retroescavadeira, e fez o
trabalho de rescaldo no local.
Vizinhos atingidos
Vizinhos
do imóvel relataram susto na hora da explosão. Uma mulher foi atingida pelo forro da própria casa, uma
senhora teve arranhões e outros moradores tiveram a casa avariada.
Angélica
Silva, que reside na rua da fábrica há três meses, relatou não saber da
existência do negócio e disse que teve um enorme susto na hora da explosão.
"Estava em casa e, quando acabei de tomar café, o forro caiu na minha
cabeça. Eu fui pra um canto, [perto do] guarda-roupa, e disse 'Deus, me
guarda'", conta ela.
Alguns
moradores também afirmam que tinham conhecimento de que no local havia a
atividade ilegal, mas não denunciavam por gostar dos vizinhos e para evitar
confusões.
A
aposentada Francisca Vieira, que mora ao lado da fábrica clandestina, também
teve a casa atingida. “A gente não vai denunciar uma pessoa que é vizinho”,
afirmou. Ela conta que estava com a mãe e o filho em casa quando ocorreu a
explosão.
José
Adelson Osmar não estava em casa, mas diz que ouviu a explosão de longe. “Só
ouvi um estrondo e corri pra cá. Já sabia [que era perto da casa dele] porque
tá com muitos anos desse negócio aí, mas ninguém nunca denunciou, a gente nunca
quis problema.” Diário do Nordeste
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