Em
suas primeiras manifestações após a prisão de três aliados de Marcelo Álvaro Antônio, o
presidente Jair
Bolsonaro (PSL) afirmou que vai analisar o caso do
ministro do Turismo assim que voltar ao Brasil e que, caso haja algo robusto,
tomará providências.
"Até
segunda-feira os 22 são ministros", respondeu o presidente à pergunta
sobre se Álvaro Antônio continuará no posto. As prisões foram feitas pela Polícia Federal em
decorrência das investigações das candidaturas laranjas do PSL, partido do presidente.
Bolsonaro
está em viagem ao Japão e deve chegar ao Brasil neste domingo (30). Ele disse
que no dia seguinte se reunirá com o ministro Sergio Moro (Justiça), a quem a
PF está subordinada.
"Por
enquanto não tem nada, uma vez tendo, como conversado com Moro lá atrás,
qualquer coisa mais robusta contra uma ação irregular de um ministro, as
providências vão ser tomadas da nossa parte", disse o presidente Jair
Bolsonaro.
O
presidente disse que já determinou ao ministro que amplie as investigações para
todos os partidos que tenham tido exemplos de candidatas que receberam alto
volume de recursos públicos eleitorais, com votação ínfima, clássico indicativo
de que as campanhas foram de fachada.
"Determinei
à PF que investigue todos os partidos onde candidatas receberam quantidades
enormes e tiveram votos mínimos. Tem que valer para todo mundo. Não ficar
fazendo pressão em cima do PSL para tentar me atingir", afirmou o presidente,
em entrevista coletiva, dizendo haver casos tão ou mais graves em outras
legendas.
"Existem
em quase todos os partidos pessoas dessa maneira [votações ínfimas, apesar do
recebimento de grande volume de verba de campanha]. Agora, você não pode
simplesmente atirar em cima do PSL", afirmou.
Desde
que o caso das candidaturas laranjas do PSL veio à tona, Bolsonaro tem dito que
aguarda o avanço das investigações para tomar alguma medida. A repercussão do
episódio já resultou na saída de Gustavo
Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência.
O
então ministro, que comandou o PSL em 2018, disse na ocasião que as revelações
não haviam resultado em uma crise dele com Bolsonaro, mas acabou sendo
desmentido publicamente pelo vereador Carlos Bolsonaro. O presidente ficou ao
lado do filho e demitiu o ministro.
A
polícia também investiga esquema de laranjas no PSL de Pernambuco, estado do
presidente nacional da sigla, o deputado Luciano Bivar. Diário do Nordeste
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