(Foto: Alex Costa) |
Os contribuintes cearenses pagaram
mais de R$ 19,4 bilhões em impostos federais, estaduais e
municipais desde 1º de janeiro até esta terça-feira (4). O valor é 7,18% maior que
o verificado em igual período de 2018, de acordo com o Impostômetro, ferramenta
que acompanha o volume de tributos pagos em todo o Brasil.
Em 2019, os impostos pagos no país ultrapassaram R$
1 trilhão. Com a alta carga tributária, os brasileiros precisam trabalhar 153
dias para arcar com impostos, conforme o Instituto
Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Ou seja, neste ano, o
salário do trabalhador brasileiro só passou a ser realmente dele no último
domingo (2).
O grande problema do peso da carga tributária
brasileira está na incapacidade de os governos
transformarem esses recursos em serviços para a sociedade, analisa o assessor
de investimentos, Davi Melo. Para ele, mesmo pagando aproximadamente 40% da
renda em impostos, o cidadão não tem os direitos sociais que são dever do
Estado, segundo a Constituição Federal.
Retorno
Um estudo realizado pelo IBPT apontou que, entre os
30 países com maior tributação, o Brasil é o último
colocado no Índice de Retorno e Bem-Estar Social (Irbes),
que mede o retorno dos tributos para a população em termos de qualidade
de vida. Em primeiro lugar, está a Austrália, depois vem a
Coreia do Sul e Estados Unidos.
O assessor de investimentos, Davi Melo, diz que os
impostos deveriam retornar à sociedade em forma de serviços como saúde,
educação e segurança.
"Seja por desvio de recursos ou pela má gestão
pública, estamos entre os piores serviços públicos do mundo, com escolas sem
estrutura básica e pessoas morrendo nos corredores de hospitais sem um
atendimento médico digno”, destaca.
Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário