A estudante cearense Loiane Loah, 16,
participou em Nova Iorque, Estados Unidos, da Feira Científica Genius
Olimpiad, para apresentar um projeto, idealizado por ela, de
introduzir código de barra em cédulas de dinheiro.
A ideia obteve o 3º lugar
e a jovem ganhou medalha de bronze, uma bolsa de 36 mil dólares (mais de R$ 140
mil) e convites para participar de outras feiras científicas em pelo menos
cinco países.
A feira aconteceu na
segunda-feira, 17 e terça-feira, 18, na cidade de Oswego, estado de Nova
Iorque.
A
estudante é filha do tenente-coronel Nijair Araújo Pinto, comandante do Corpo
de Bombeiros de Iguatu e coorientador do projeto. Ela viajou acompanhada do
pai, da mãe Elisângela, e do professor Ricardo Fonseca, orientador do projeto.
No evento, que reuniu
estudantes de pelo menos 75 países e 43 estados americanos, o projeto de Loiane
concorreu com outros 3 mil.
A Genius
Olympiad é o maior evento do gênero do mundo, segundo observa o pai da
estudante.
A estudante foi avaliada
por uma banca formada por seis professores. Antes de ir a Nova Iorque ela
participou de outras competições no Brasil, para assegurar a classificação e o
direito de representar o Ceará e o Brasil no evento, um dos maiores na área
científica no mundo.
Loiane disse
que foi disposta a brigar pelo ouro, mas ficou feliz com o bronze,
principalmente pelo grau de competitividade do evento, o nível dos competidores
e o número de projetos em disputa.
O feito da estudante
cearense entra para a história.
O projeto
A ideia inovadora sugere a
impressão de cédulas de dinheiro com código de barra. Isso baniria da vida
cotidiana da população os ataques a banco e carros-fortes, uma vez que as notas
com código de barra seriam facilmente rastreadas pela polícia, facilitando a
captura dos criminosos e recuperação dos eventuais valores roubados nos
ataques.
O que mais chama atenção
no projeto é que se trata de uma ideia simples que pode evitar que cédulas de
dinheiro roubadas possam ser usadas ilegalmente. Na impressão, as cédulas já
sairiam com código de barra permitindo o rastreamento enquanto o dinheiro
estiver circulando. Cada vez que uma cédula roubada fosse apresentada, seria
possível saber sua origem, por onde ela passou e a última pessoa que a possuiu.
Cédulas roubadas de um
banco, por exemplo, seriam identificadas pelo número de série.
Em poucas palavras, Loiane
resumiu a finalidade do projeto: seu desejo é ver diminuir a ação dos
criminosos e que a população tenha um pouco de paz e segurança.
“Nossa ideia é
rastrear essas cédulas, para que os próprios bandidos sintam medo e diminuam
essas ações do ‘novo cangaço’, desses crimes que matam pessoas inocentes e até
policiais”, declarou.
Inspiração
Antes de chegar aos EUA,
Loiane visitou a Sociedade Numismática Brasileira em São Paulo, esteve na
Febrace para entender como desenvolver o projeto e até numa feira livre na
Praça da República. Ela também se debruçou em pesquisa sobre os aspectos
históricos e econômicos, para fundamentar sua ideia. De acordo com a estudante,
a ideia surgiu em 2016 quando ainda estava no 9º ano do ensino fundamental.
Loiane ressaltou que a
inspiração para criar o projeto da área de numismática veio do professor
Ricardo Fonseca, que também é pesquisador de cédulas e moedas e dono de um
acervo de cerca de 30 mil peças envolvendo cédulas e moedas antigas. Blog Diário Centro-Sul
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