(Foto: Marcello Casal Jr.) |
A
estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia caiu pela 14ª vez seguida. É o
que mostra o boletim Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta
segunda-feira (3) em Brasília.
A
projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os
bens e serviços produzidos no país - desta vez foi reduzida de 1,23% para 1,13%. Para 2020, a
projeção foi mantida em 2,50%,
assim como para 2021 e 2022.
Inflação
A
estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), caiu de 4,07% para 4,03% este ano, foi
mantida em 4% para
2020, e em 3,75% para
2021 e 2022.
A
meta de inflação de 2019, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4,25% com intervalo
de tolerância entre 2,75% e
5,75%.
A
estimativa para 2020 está no centro da meta: 4%. Essa meta tem intervalo de 1,5 ponto percentual
para cima ou para baixo.
Para
2021, o centro da meta é 3,75%,
também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto
percentual. O CMN ainda não definiu a meta de inflação para 2022.
Taxa
básica de juros
Para
controlar a inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros,
a Selic. Para o mercado financeiro, a Selic deve permanecer no seu mínimo
histórico de 6,50% ao
ano até o fim de 2019.
Para
o fim de 2020, a projeção permanece em 7,25%
ao ano. Para o fim de 2021, a previsão foi mantida em 8% ao ano e para o final
de 2022, segue em 7,50% ao
ano.
A
Selic, que serve de referência
para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada nas
negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente
no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).
A
manutenção da Selic este ano, como prevê o mercado financeiro, indica que o
Copom considera as alterações anteriores nos juros básicos suficientes para
chegar à meta de inflação.
Ao
reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a
produção e o consumo. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar
segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da
meta de inflação.
Quando
o Copom aumenta a Selic, a meta é conter
a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os
juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Agência Brasil
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