A
assembleia geral de credores do Grupo Rabelo aprovou, ontem (21), o plano de
recuperação judicial da empresa. A ata, agora, deverá ser analisada por um juiz
da 2ª Vara de Recuperação de Empresas e Falência da Comarca de Fortaleza/CE
para que então seja homologada e passe a valer. No entanto, grande parte dos
funcionários do grupo varejista não estará contemplada pelo plano. A informação
foi confirmada pelo advogado representando a Rabelo e um dos ex-empregados do
grupo.
Ao todo, o plano de recuperação judicial
deverá contemplar apenas 64 credores trabalhistas da empresa, enquanto cerca de
outros 500 deverão ficar de fora das condições de pagamento. De acordo com
Martônio Coelho, administrador judicial do processo que assegurou a
conformidade da reunião desta sexta-feira, a ata detalha várias metodologias
que deverão ser seguidas após a homologação.
Uma delas garante que credores
trabalhistas com quem o grupo tem dívidas de até R$ 50 mil deverão receber o
valor à vista em até 30 dias após a homologação do plano. Todas as dívidas da
Rabelo anteriores ao plano deverão ser pagas nos moldes estabelecidos na
reunião e descritos na ata. Outras dívidas menores serão regidas por outras
condições.
Processo
Apesar da indicação de metodologia do
pagamento das dívidas, cerca de 500 funcionários ligados ao Grupo Rabelo ainda
não sabem como terão as pendências pagas pela empresa, que está em processo de
recuperação judicial desde o ano de 2017.
Desde então, a Rabelo havia demitido os
funcionários, mas o Ministério Público interveio e reverteu as demissões,
fazendo com que os desligamentos aconteçam apenas após as negociações do plano.
Sem mais contatos com a empresa, os funcionários envolvidos ainda tratam com
incerteza se de fato receberão os valores estabelecidos pela Justiça do
Trabalho. As informações foram confirmadas por um dos ex-empregados. Diário do Nordeste
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